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Pais e candidatos questionam erro na divulgação das notas do Pism

UFJF-reclassificação
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A divergência entre notas de candidatos excedentes do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) 2019 da UFJF vem causando indignação entre pais e estudantes. O problema teria ocorrido após a publicação de uma terceira listagem de classificação pela Comissão Permanente de Seleção (Copese), no dia 18 de janeiro. O órgão justificou a medida diante da “identificação de um problema técnico nas notas dos concorrentes que solicitaram recurso de língua portuguesa”. Na época, a Copese afirmou que a medida não alteraria a relação dos aprovados, conforme listagem anteriormente divulgada, no dia 15 – data oficial para publicação do resultado final, após os pedidos de recursos. No entanto, a nova classificação, ocorrida no dia 18, teria modificado a nota dos excedentes, o que gerou dúvidas e reclamações. Vale lembrar que a primeira classificação do Pism 2019 foi publicada no dia 8 de janeiro.

Na versão final da lista, divulgada dia 18, alguns participantes do concurso que tiveram a nota diminuída após a apresentação dos recursos (dia 15) teriam ficado com a mesma nota do primeiro resultado divulgado (dia 8), o que não estaria previsto no edital. O resultado levantou suspeitas entre os candidatos e seus familiares. No entendimento desses pais, conforme o parágrafo três da seção II do Edital do Pism 2019, “a nota com o recurso pode ser mantida, aumentada ou diminuída, sendo que a alteração é publicada tão somente junto ao resultado final”, o que indicaria que, após o pedido de revisão, independentemente do resultado, essa seria a nota definitiva. Mas a terceira publicação teria prejudicado a classificação de alguns candidatos, que poderiam ficar melhor posicionados para a segunda chamada.

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Um dos responsáveis que preferiu não ser identificado, disse que o filho teve a nota aumentada depois do recurso. No entanto, assim como outros candidatos, sua colocação como excedente foi piorada após a divulgação da terceira lista com as correções, o que diminui as chances de ele ser chamado como excedente. “Eles explicaram que houve um problema técnico com as notas de língua portuguesa. Mas não acreditamos que tenham errado tantas notas. Porque não foram uma ou duas isoladas, eles dizem que foram 49.”

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Outro pai de aluno disse que vai acionar judicialmente a universidade, em função do ocorrido. “A segunda planilha que foi divulgada, com as notas dos recursos, foi retirada da página. Não temos mais acesso. Queríamos saber o porquê dessa decisão. Sinto que meu filho foi prejudicado e vou correr atrás, porque esse erro é muito grave e prejudicou muitas pessoas.” Ele ainda diz que considera a justificativa como insuficiente. “Espero por uma resposta mais contundente da UFJF sobre essa questão. Eles precisam reconhecer que esse foi um erro grave e ver o que pode ser feito para não prejudicar os candidatos que aguardam para ser chamados. Queremos saber o que, de fato, aconteceu com a banca e, até mesmo, se eles guardaram o caderno de provas para que possamos ter acesso à correção.”

“Erro de digitação”

Por meio de nota, a Copese/UFJF informou que, em relação ao Edital 04/2018 – retificado pelo Edital 06/2018 -, recebeu 49 recursos relativos ao conteúdo de língua portuguesa. E reforçou que o resultado dos recursos, após análise pela banca específica, foi publicado em 15 de janeiro de 2019. “Ocorre que, em seguida à divulgação, a Copese verificou erro de digitação nas notas dos recursos do conteúdo de Língua Portuguesa. Desse modo, considerando que a Administração tem o dever legal de rever seus atos quando identificar a ocorrência de erros, foram revistos todos os 49 recursos recebidos relativos ao conteúdo em questão. Em seguida, foram corrigidas e publicizadas as notas.”

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Ainda de acordo com a universidade, o referido procedimento alterou a classificação dos candidatos. “Todavia, vale destacar que o ajuste não comprometeu a relação de candidatos aprovados.” A UFJF informou ainda que todos os cadernos de respostas do Pism da UFJF, foram arquivados, como sempre ocorreu e que não pode divulgar a formação da banca, para manter o sigilo.”

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