O posto de vacinação montado no Centro Cultural Dnar Rocha, destinado à imunização contra a febre amarela, já está em funcionamento para atender pessoas que residem ou que frequentam a região próxima ao Museu Mariano Procópio, local onde um macaco da espécie bugio foi encontrado morto na manhã da última quarta-feira (3). As doses começaram a ser aplicadas na manhã desta quinta-feira (4). No mesmo dia, cinco equipes volantes da Secretaria de Saúde começaram a atuar na busca ativa de pessoas que ainda não foram vacinadas contra a doença. As equipes atuam em um raio de um quilômetro a partir do museu. A 150 metros deste mesmo ponto, foi iniciada a aplicação de inseticida.
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta, além de confirmar as atividades, o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) reforçou que Museu Mariano Procópio seguirá fechado por, no mínimo, 30 dias, ou até que o laudo de investigação sobre a morte do primata seja divulgado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, instituição de referência para realização de exames em casos de raiva e febre amarela. “Estamos fechando o museu e o seu entorno para fazer um bloqueio, para que a população possa ter segurança. Estamos tomando todas as medidas necessárias, para não termos graves problemas com a febre amarela em Juiz de Fora. Vale destacar que o macaco não é o transmissor da doença, mas sim o Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a chikungunya. É importante que as pessoas reservem dez minutos da semana para eliminar possíveis focos do mosquito em casa”, ressaltou o prefeito.
A secretária de Saúde, Elizabeth Jucá, explicou que 90% da população está vacinada. “Quem tomou a vacina uma vez já está imunizado, e temos a quantidade necessária para atender quem ainda não foi vacinado. Podem vacinar bebês a partir dos nove meses de vida até pessoas com 60 anos. Gestantes e idosos com mais de 60 anos, apenas mediante autorização de um médico”. Jucá reiterou, ainda, que a Prefeitura está seguindo os protocolos definidos pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde. Além do posto montado no Dnar Rocha, as doses das vacinas também estão sendo disponibilizadas nas 63 unidades básicas de saúde, PAM Marechal, Departamento da Criança e do Adolescente e o
Departamento do Idoso
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Rodrigo Almeida, destacou que quem se deparar com algum macaco aparentemente doente ou morto, deve fazer contato com a Polícia Militar de Meio Ambiente, que é o órgão responsável por encaminhar o animal para a Secretaria de Estado de Saúde para o envio a Belo Horizonte. “Não devemos matar esses animais, pois os macacos são sentinelas, por meio dos quais verificamos os locais onde iremos realizar esses bloqueios”, pontuou. Ainda durante a coletiva, o subsecretário informou que dos 63 macacos notificados em 2017, só foi possível coletar material de 40 deles. Desses, três foram positivos para a febre amarela. Os animais positivos foram encontrados nas regiões do São Pedro e do Aeroporto.
Vacina
Até o final da manhã desta quinta, foram distribuídas dez doses no Centro Cultural Dnar Rocha e 15 pelas equipes volantes no entorno do bairro. A empresária Alessandra Pasqualini, que embora não resida no Mariano Procópio, tem o costume de frequentar o museu semanalmente. “Minha mãe mora por aqui, e todos os finais de semana levo meu sobrinho para brincar no parque do museu. Ainda não tinha me vacinado, aproveitei essa oportunidade, já que, no ano passado, os postos ficaram muito cheios”, explicou. As equipes volantes retornam às ruas nesta sexta-feira (4), e o posto montado no Dnar Rocha funcionará das 8h às 17h por tempo indeterminado.