O volume de chuvas que caiu em Juiz de Fora durante o mês de novembro superou em 15% a média histórica de 212,10 milímetros indicada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Levantamentos apontaram acumulado de 244,5 milímetros no total do último mês em Juiz de Fora. Para dezembro, com a aproximação do verão, a média apontada é ainda maior, de 316 milímetros.
Ainda conforme dados do instituto, somente nestes primeiros dias de dezembro já foram contabilizados 59,4 milímetros, com maior concentração no sábado, dia em que choveu 55 milímetros no Campus da UFJF, onde estão instalados os pluviômetros do 5º Distrito de Meteorologia. Já o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontou concentração média de 62,28 milímetros em toda Juiz de Fora, com maior concentração no Bairro Monte Castelo (83,59 milímetros), em Igrejinha (76,49 milímetros) e em Caiçaras (75,32 milímetros) nas últimas 72 horas.
O considerável volume de chuvas gerou, 15 chamados na Defesa Civil no fim de semana. Entre os atendimentos, houve um escorregamento de talude na Rua São Pancrácio, no Bairro Nossa Senhora Aparecida, na Zona Leste. A via está com o trecho interditado e o talude protegido com lona. A Secretaria de Obras esteve no local e, como medida emergencial, fará um cordão de rip-rap ( uma técnica que utiliza cimento ensacado), para conter a água e evitar que ela penetre no barranco. “Posteriormente, após o período chuvoso, outras medidas serão tomadas, já que não se pode mexer no talude encharcado, pois pode causar mais deslizamentos”, informou a pasta em boletim enviado na manhã desta segunda-feira.
Conforme a meteorologia, o céu segue nublado passando a parcialmente nublado, com chuva a qualquer hora do dia nesta segunda (3) e também na terça-feira (4). A temperatura mínima registrada nesta manhã foi de 16 graus e a máxima de 23, 4, mesma variação prevista para terça. O índice de umidade relativa do ar pode oscilar entre 95% pela manhã e 50% na parte da tarde. Os acumulados tendem a se reduzir a partir de quarta, dia em que deve haver variação de nebulosidade na cidade, mas sem registro de chuva. Na quinta, em função do aquecimento diurno, há possibilidade de pancadas, mas menos significativas.
Chuvas intermitentes
Segundo o Inmet, ainda não há como prever se dezembro obedecerá a média histórica e se será, de fato, um mês chuvoso. O instituto salienta que, caso o quadro climático de novembro se mantenha, os próximos dias podem alcançar e até ultrapassar o volume de chuva previsto. Segundo os meteorologistas, a principal diferença deste ano para os anteriores está sendo a distribuição das precipitações que, até então, estavam ocorrendo em formas de pancadas, e agora, nos últimos dias, se mantiveram de forma intermitente, condição meteorológica tradicionalmente mais comum para esta época do ano.