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É possível pagar menos pela conta de luz

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O desperdício de energia elétrica ainda é um dos principais fatores que encarecem a conta de energia dos consumidores de todas as regiões do País. Dados divulgados recentemente pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) apontam que, nos últimos três anos, foram desperdiçados mais de 140 mil gigawatts-hora (GWh), energia que seria suficiente para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes por mais de um mês. Esse desperdício representa um gasto adicional de mais de R$ 60 bilhões, que poderiam ser destinados para outras áreas de interesse da sociedade.

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O levantamento também destaca que Minas Gerais desperdiçou, somente no ano passado, mais de 5 mil GWh de energia, o que significa um volume de recursos de cerca de R$ 2,4 bilhões desperdiçados.

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Segundo Neander Lima, analista de comercialização de Cemig, para evitar gastos excessivos que podem pesar no bolso, é importante saber que o consumo de energia elétrica depende de duas variáveis: a potência dos equipamentos e o tempo de uso de cada um deles.  “Pratique ações simples de redução de consumo, como manter o ambiente fechado quando o ar condicionado estiver ligado, reduzir tempo de banho e retirar da tomada o carregador de celular quando o aparelho não estiver em uso”, afirma.

O analista destaca os benefícios do uso racional da energia elétrica para o meio ambiente e para a sociedade. “A Cemig possui, atualmente, cerca de 8,2 milhões de clientes, sendo que 6,8 milhões são residenciais, com consumo médio mensal de cerca de 120 quilowatts-hora (kWh). Se cada residência reduzir mensalmente apenas 1 kWh, serão 6,8 milhões de kWh economizados no estado, o suficiente para atender a mais de 56 mil residências por mês. A utilização racional da energia elétrica diminui a necessidade de novos investimentos em usinas e em ampliação das redes, contribuindo para o desenvolvimento sustentável”, ressalta.

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Consumo em aparelhos desligados

A eletricidade consumida por aparelhos eletrônicos no modo standby pode representar um acréscimo de até 15% na conta de energia elétrica. O consumidor, no entanto, tem a chance de evitar o desperdício com uma pequena mudança de hábito: desligar os eletrônicos da tomada quando não estiverem em uso.

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O engenheiro de soluções energéticas da Cemig, Luciano Barreto, destaca que temos em casa muitos equipamentos, como receptores de TV por assinatura, computadores e televisão, dentre outros, e esses aparelhos – que costumam ficar ligados em modo de standby 24 horas por dia – elevam o valor da conta no final do mês.

“Se você deixa um equipamento ligado desnecessariamente, está desperdiçando energia. Em standby, os aparelhos consomem menos do que em uso normal, mas seria como uma torneira pingando 24 horas, todos os dias, e essa água não é utilizada. Para economizar, é necessário que o consumidor retire o equipamento da tomada. Vale ressaltar, ainda, que os equipamentos mais antigos consomem mais, no modo de espera, do que os mais modernos”, afirma.

Atualmente, os receptores de TV por assinatura são os que mais consomem energia no modo standby.  Assim, apenas com o simples ato de desligar os aparelhos da tomada, o consumidor interrompe esse consumo indesejado e dispensável e ajuda na redução da fatura de energia. “Não há dúvida de que a mudança de hábito é a melhor maneira de se evitar o consumo desnecessário. Se o consumidor sabe que vai ficar muito tempo sem usar a TV, não custa nada desligá-la”, destaca.

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Uso consciente

O chuveiro não precisa ser o vilão da casa, no que se refere ao consumo de energia. Basta corrigir velhos hábitos na rotina do banho diário e aproveitar a economia gerada para outros prazeres da vida, como uma viagem, um passeio em família, o investimento em bens e serviços. O engenheiro de soluções energéticas da Cemig, Fernando Queiróz de Almeida, explica que o equipamento é responsável por 30% do valor da conta de energia. “Quando há redução do tempo de chuveiro ligado, durante o banho, por exemplo, de 20 para dez minutos, dia a dia, a diferença gera um impacto muito significativo na conta, no final do mês”, argumenta.

No verão, além do aumento da frequência de uso do chuveiro, cresce também a utilização do ar condicionado. Por isso, o engenheiro afirma que é preciso atenção ao dimensionar o aparelho para as reais condições do ambiente onde será instalado. “Não estamos sugerindo que as pessoas percam o conforto, apenas alertando para a necessidade da escolha adequada ao volume da área a ser refrigerado”, reforça.

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Com relação à compra de eletrodomésticos, o engenheiro aconselha ao consumidor ficar atento ao selo Procel. Ele classifica os produtos de acordo com consumo de energia e/ou de eficiência energética, medido em kWh/mês.“O brasileiro já tem o hábito de verificar o consumo de um carro primeiro, antes de comprar. Precisa fazer a mesma coisa com os eletrodomésticos”, observa Fernando ao acrescentar que é preferível fazer as contas e optar por uma compra racional, com ganhos efetivos no longo prazo.

 


 

 

 

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