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Visitantes denunciam furtos a túmulos

cemiterio 1 olavo
Imagem de Jesus foi retirada
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Atualizada às 16h52

Muitos visitantes que estiveram no Cemitério Municipal Nossa Senhora Aparecida no último domingo (2), Dia de Finados, se queixaram das condições do local, que completou 150 anos. Diante de denúncias de furtos e vandalismos, a Tribuna esteve no local, na manhã desta segunda, e constatou que várias peças de bronze, crucifixos, ornamentos, argolas de gavetas e placas com nomes dos sepultados foram levados. Conforme a Prefeitura, oficialmente houve apenas um registro de furto durante o Finados e, durante todo o ano, foram feitas outras cinco queixas sobre sumiço de peças.

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Uma leitora, que preferiu não se identificar, chegou a fazer fotos dos jazigos violados ainda no domingo. “A sensação é de indignação. Parece que levaram tudo que tem certo valor.” Uma aposentada, 65 anos, encontrou o sepulcro do irmão danificado. “Parece que deram marretadas para destruí-lo. Não estão respeitando mesmo. Os próprios funcionários comentaram isso conosco.”

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A assessoria da Secretaria de Obras, que é responsável pela manutenção do Municipal, informou que são comuns as queixas de furtos após o feriado dos Mortos, já que a maioria dos cidadãos visita as sepulturas somente nesta época. A pasta garantiu que “toda denúncia que chega à administração é apurada, até porque tem que ser analisado se realmente houve roubo ou se o problema é a má conservação do túmulo”, diz a nota enviada à Tribuna.

O órgão ainda ressaltou que a limpeza e manutenção de túmulo ou mausoléu é responsabilidade dos proprietários, o que muitas vezes não acontece. À Prefeitura cabe a conservação das áreas comuns, que receberam pintura, poda, capina, roçada e limpeza geral.

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Ainda conforme a secretaria, o índice de furtos e vandalismo era maior antes da demolição do conjunto de casas na Rua Mariana Evangelista, que dava fundos ao cemitério. Como os imóveis vinham sendo utilizados por usuários de crack, havia constantes invasões.

 

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Capela

Os visitantes também reclamaram da situação de abandono da capela do cemitério. Com pintura deteriorada e danos em portas e janelas, a edificação ficou fechada no Dia de Finados. “O cemitério em si estava todo limpinho, pintado, mas a capela está abandonada. Olhei pela fresta da porta e está tudo bem danificado no interior. A Prefeitura poderia reformar a igrejinha, que é um lugar sagrado e deveria ser usado pelos visitantes”, comentou o aposentado Geraldo Carbogin, 62.

Segundo a Secretaria de Obras, a reforma e restauração da capela está incluída na licitação em curso na Comissão Permanente de Licitação (CPL). O edital também prevê adaptações nos banheiros, com adequações de acessibilidade para deficientes físicos, reforma das seis capelas de velórios e construção de uma sala de preparação de óbito.

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