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Empresa de equipamentos médicos de JF é alvo de operação da PF

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Juiz de Fora foi um dos alvos da Operação Equipos, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 44 municípios de 19 estados. Foi desarticulada uma organização criminosa suspeita de contrabandear equipamentos de diagnóstico médico através da Aduana de Controle Integrado (ACI) em Dionísio Cerqueira (SC), de onde partiu a operação. Em Juiz de Fora, foi cumprido um mandado de busca e apreensão contra uma empresa que comercializa equipamentos médicos, conforme declarou o delegado Sandro Luiz Bernerdi nesta quinta (3). O nome do estabelecimento investigado não foi informado pela polícia.

Cerca de 250 policiais federais participaram da manobra, realizada na quarta-feira em todo o país. Foram cumpridos 62 mandados de busca e apreensão e 19 de condução coercitiva. Além disso, um suspeito de envolvimento foi interrogado em Fort Myers, nos Estados Unidos. Estima-se que, apenas em tributos diretos, a sonegação pode chegar a R$ 20 milhões.

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De acordo com a PF, investigações datadas de outubro 2013 deram origem a operação, quando houve a apreensão de equipamentos médicos na ACI. Na época, foram localizados tomógrafos, mamógrafos e outros equipamentos de alto valor comercial, em uma carga avaliada em aproximadamente R$ 3 milhões.

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Durante o inquérito policial, verificou-se que, entre 2011 e 2015, o grupo criminoso investigado introduziu de forma irregular no Brasil outras 12 cargas de equipamentos médicos, porém, como equipamentos tipográficos e com declaração subfaturada de apenas 10% do valor real. Isso, conforme a PF, permitiu obter isenção dos impostos de importação e do IPI, além da redução de outros tributos, causando prejuízos milionários à União. A descrição incorreta dos produtos também liberava o grupo da necessidade de Licença Prévia de importação e de fiscalização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

São investigados empresários do ramo de exportação e importação, revendedores, clínicas, hospitais, despachante aduaneiro, além de um doleiro responsável pelo repasse de recursos ilícitos ao grupo. Um servidor da Receita Federal em Dionísio Cerqueira é apontado como integrante do grupo. Ele teria recebido dinheiro para facilitar a ação da quadrilha. Os envolvidos serão indiciados por corrupção ativa e passiva, associação criminosa, contrabando, facilitação ao contrabando e falsidade ideológica. O delegado Sandro Bernerdi ressaltou que os equipamentos apreendidos quarta-feira durante a operação permanecerão em uso nos hospitais e clínicas, cujos responsáveis serão nomeados como fiéis depositários dos bens durante o trâmite do processo.

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