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BR-040 é liberada após bloqueio de caminhoneiros

manifesta capa
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Caminhoneiros da região bloquearam por cerca de seis horas um trecho da BR-040, na altura do km 807, próximo a Matias Barbosa, a oito quilômetros do trevo do Salvaterra, na Zona Sul de Juiz de Fora. A manifestação começou por volta das 10h e só foi encerrada às 16h. O grupo chegou a fechar os dois sentidos da pista. No início da tarde, o movimento já ocupava mais de dois quilômetros da rodovia, mobilizando cerca de 200 veículos, segundo a organização. De acordo com a Concer, concessionária que administra o trecho entre Juiz de Fora e o Rio de Janeiro, apenas carros de passeio trafegaram pelo local durante o protesto, que pede a redução do preço do óleo diesel, além de mais segurança nas estradas. Manifestação semelhante aconteceu pela manhã no km 774, na altura da Barreira do Triunfo, na Zona Norte, em ambas as direções.

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As interdições integram movimento de caminhoneiros que acontece em todo o país contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis, decretado pelo Governo no dia 20 de julho, impactando diretamente nos preços ao consumidor.

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Durante o protesto, os manifestantes chegaram a colocar pneus na pista. Os motoristas enfrentaran lentidão na estrada. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada para fazer o policiamento, manter a fluidez dos veículos de passeio e garantir a segurança. Devido à proximidade, policiais rodoviários de Três Rios (RJ) também foram deslocados para dar apoio em Matias. Mesmo após a liberação da estrada, foi observado tráfego intenso nas adjacências cerca de meia hora depois.

“Estamos protestando por várias coisas, entre elas baixar o preço do óleo diesel. Também queremos a melhoria da segurança da estrada e das condições do asfalto. Hoje em dia, a gente para no posto e, quando acorda, o estepe não está lá mais. Apesar de a rodovia ser privatizada, ainda encontramos muito buraco, e o valor do pedágio só aumenta”, disse um dos organizadores do protesto, o caminhoneiro e morador de Matias Barbosa João Victor Barra, 20 anos.

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O manifestante reforçou que o combustível é o que mais pesa no bolso do motorista. “Metade do frete fica por conta do óleo diesel. Como o preço não é tabelado, as empresas não repassam (a diferença do aumento) para os terceirizados.” O condutor disse que o momento também é usado para outras reivindicações. “O caminhoneiro sai para viajar sem saber se vai voltar para casa devido ao risco que corre com acidente e assalto.”

Segundo João Victor, a manifestação começou com cerca de dez motoristas da região, incluindo moradores de Matias, Juiz de Fora e Simão Pereira. A organização também foi feita por meio das redes sociais. Ele garantiu que caminhões com cargas perecíveis, remédios e outros casos de urgência, além dos carros de passeio, não foram parados. “A maioria dos caminhoneiros tem contribuído e aderido ao movimento, porque a melhoria é para todos. Não queremos atrapalhar a vida de ninguém.”

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Outros pontos
Segundo a PRF, houve outros pontos de bloqueio na 040 nesta quinta-feira. No km 602, em Congonhas, a pista chegou a ser totalmente fechada. Já no km 626, em Conselheiro Lafaiete, o tráfego foi interditado para caminhões. Na quarta-feira, de acordo com informações da Via-040, concessionária que administra o trecho da BR-040 entre Juiz de Fora e Brasília, foram registrados quatro pontos de bloqueio na rodovia. Além de Congonhas e Lafaiete, também houve bloqueios no km 466, em Sete Lagoas, e no km 511, em Ribeirão das Neves.

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