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Sentença de professor deve ser divulgada nesta quinta

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Deverá ser oficializada nesta quinta-feira (4) a sentença do Juizado Especial Criminal a respeito do julgamento do professor André Nogueira, que responde a um processo judicial por desobedecer a ordem legal de funcionário público, em 2011. A sessão ocorreu na tarde desta quarta, durou cerca de uma hora e meia e foi presidida pela juíza Liliane Bastos Dutra. Logo após o julgamento, André Nogueira disse que sua expectativa era de absolvição. “Tive uma vitória importante, porque o promotor que conduzia a acusação a retirou por falta de prova, isso já dá um indicativo da sentença da juíza”, comemorou.

O ano de 2011 foi marcado pela maior mobilização em defesa da educação pública de Minas Gerais, resultando em 112 dias de greve nas escolas estaduais. A comunidade escolar se juntou aos educadores nas reivindicações por uma escola pública e de qualidade. Em Juiz de Fora, durante as mobilizações, o professor André Nogueira, à época diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), foi detido em uma manifestação de estudantes em solidariedade à greve da educação estadual.

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“O que aconteceu na época foi uma manifestação de estudantes em apoio a nossa greve. Neste ato, houve muita violência por parte da polícia. Eu fui detido e fiquei algemado durante um tempo. Isso aconteceu no estado inteirou e aqui em Juiz de Fora foi mais um caso. Na nossa compreensão, é que, nos últimos anos, vem sendo feito ataques aos movimentos sociais, sindicais e estudantis. Estou sendo julgado por estar lutando por um direito, que era o direito de se manifestar em defesa da educação”, afirmou o professor.

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Em solidariedade a André, representantes do Sind-UTE e de outras entidades ligadas à educação fizeram um ato na sede do juizado, na Avenida Brasil, antes do início da sessão. “Viemos aqui para dar apoio ao professor. Cheguei a presenciar o ato na época e foi uma das cenas mais injustas que vi contra um ser humano. Era uma manifestação na qual éramos convidados pelos alunos, que fizeram um ato em apoio aos professores. Vivemos em uma democracia e temos o direito de lutar em prol de uma melhor educação. Além do desejo de calar nossas bocas naquela ocasião, agora está vindo um projeto que se chama escola sem partido, que querem nos impor. Isso é um retrocesso na educação. É querer colocar uma mordaça no professor, impedindo de expressar sua forma de pensar politicamente”, enfatizou diretora de comunicação do Sind-UTE, Yara Aquino Gomes.

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