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Guarda Municipal lança projeto ‘Cerol: Corta Essa’

cerol olavo
Crianças e adolescentes que brincavam no Bairro Eldorado foram abordadas por agentes, que falaram sobre as formas seguras de soltar pipas, evitando acidentes (Foto: Olavo Prazeres)
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Orientando crianças e adolescentes na praça do Bairro Eldorado, Zona Nordeste, guardas municipais lançaram o projeto ‘Cerol: Corta Essa’, na tarde desta terça-feira (3). A iniciativa visa lançar um olhar para as comunidades onde há brincadeiras com pipa, por meio de ações de cunho educativo. Durante a abordagem, os guardas encontraram situações problemáticas e intervieram com diálogo. Em um dos casos, por exemplo, o problema era a proximidade com a rede elétrica. Nesta abordagem, eles entregaram folhetos com orientações da Cemig, informando sobre os riscos de acidentes com os fios de alta tensão.

Segundo os oficiais, há duas formas de abordagem: visitas a locais onde há concentração de jovens soltando pipa, como no caso do Eldorado e de outros pontos usados pelos jovens, principalmente no fim de semana, como o Parque da Lajinha, além de visitas nas escolas. “Com o retorno do período letivo em agosto, vamos levar essas informações para as salas de aula. A ideia não é reprimir a prática. Soltar pipa é saudável e positivo, desde que se observe questões como a proximidade da rede e uso de cerol e afins”, destacou o supervisor de capacitação da Guarda Municipal, Leandro Lisboa.

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Ele explica que o comando da Guarda escolheu abordar o assunto a partir de diretrizes estaduais e municipais, por meio de um viés de prevenção e promoção da cidadania, porque, embora os acidentes com as linhas existam, é difícil levantar dados sobre esses dados. “Buscamos superficialmente informações que pudessem dar esse embasamento, mas o sistema de saúde usa outros indicativos, como cortes ou ferimentos, mas não dizem claramente que foi algo causado pela linha, ou pelo cerol. Mas sabemos que os motoqueiros, por exemplo, ficam muito vulneráveis”, detalhou Lisboa.

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“O trabalho agrega valores para a comunidade, porque lida com o filho da dona de casa, do trabalhador que acorda cedo e não pode observar os meninos o dia todo soltando pipa. Essas orientações são importantes para evitar acidentes. Percebemos que o uso da tecnologia é excessivo, e a pipa é uma forma de trabalhar esse lado recreativo e o contato com os amigos, mas isso tem que ser feito da maneira mais segura”, ressaltou o presidente do Conselho Comunitário de Segurança do Eldorado, Jonathan Gilganesh.

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A guarda municipal Jaine Alves da Silva Delgado lembrou que os riscos não existem apenas para pedestres e motociclistas, mas também os próprios usuários, que manipulam o material sem qualquer tipo de proteção. Alguns dos adolescentes abordados tinham cortes nas mãos, provocados pelas linhas. “Não pretendemos, de maneira alguma, reprimir a cultura da pipa. Ela vem de muitos anos, foi usada na colonização como forma de comunicação para avisar que algumas áreas eram invadidas”, considerou a guarda.

Ação, iniciada nesta terça, deve se estender até o fim de julho (Foto: Olavo Prazeres)

As ações de abordagem e conversa com os jovens começaram nessa terça-feira (3) e seguem até o fim do mês. As leis do estado e do município, que regem a questão, estabelecem multas e prisão de três meses a um ano em caso de flagrante uso da linha chilena ou do cerol.

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Participantes aprovaram ação

A ação realizada pela Guarda Municipal foi bem avaliada pelos jovens que estavam no local. “Estou de férias. É uma boa forma de me divertir, ao invés de ficar em casa à toa. Tem um monte de pipas no céu, então descemos e também colocamos nossa pipa no ar. Aqui no bairro tínhamos dois lugares para soltar. No mirante, que agora tem uma obra inacabada, na qual não podemos entrar, e o outro é um campo que fica cheio de mato alto. Por isso, estamos na praça, perto da rede elétrica. Eles estão fazendo o certo. Me disseram que é perigoso. Tem muita gente que vem soltar e não sabe”, disse um rapaz de 18 anos parado pela equipe da Guarda.

Durante a ação, um adolescente de 15 anos, que manejava uma linha com cerol, trocou a linha com o produto, por outra adequada, oferecida pela GM. “Entendi que é uma questão de segurança e troquei. Até mesmo porque eu teria que me defazer dela”, completou.

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