Uma mulher de 22 anos foi agredida por dois homens que invadiram sua casa depois que um vídeo no qual ela supostamente estaria torturando o próprio filho, de 4 meses, circulou pelas redes sociais. O caso foi registrado neste domingo (2), por volta de 12h30, depois que a Polícia Militar (PM) foi acionada até o Bairro Santo Antônio, na Zona Sudeste de Juiz de Fora, para conter a agressão. Conforme a PM, a mulher estaria sendo espancada em via pública por dois homens.
Segundo a PM, em contato com a mulher, ela confirmou que havia sido agredida por dois indivíduos que fugiram, após perceberem a chegada da viatura policial no local. A motivação da agressão teria sido um vídeo publicado em redes sociais, no qual a mulher apareceria supostamente enforcando o filho de quatro meses, o que teria gerado grande revolta popular.
A criança, ainda de acordo com a PM, foi encontrada pela equipe policial e encaminhada, acompanhada pelo pai de 32 anos, até o Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde permaneceu para a realização de exames pediátricos. A mãe, suspeita de cometer a tortura, foi encaminhada ao Hospital Maternidade Therezinha de Jesus, com fraturas na mão, onde permaneceu presa e escoltada para realização de procedimentos médicos. Informações que circularam pela internet, davam conta de que a mulher teve os dedos quebrados com o uso de um martelo.
No Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) sobre o caso, a mulher conta que, “após gravar um vídeo com seu filho e enviar pra uma amiga, a mesma achou que se tratava de uma agressão contra a criança. Sua amiga enviou o vídeo para outras pessoas e, no dia seguinte, dois homens invadiram sua casa e a agrediram, dizendo que era por causa do vídeo que ela tinha feito.”
Nas imagens que circularam pelas redes sociais sobre a agressão da mulher é possível vê-la sendo puxada pelos cabelos por um homem que diz: “Gosta de fazer covardia com criança, safada”. Após o registro da ocorrência, a PM realizou rastreamento pela região à procura dos agressores. Um adolescente, de 17 anos, foi apreendido, segundo a PM, depois de ter assumido a violência contra a mãe da criança, alegando ter agido por justiça.
A Polícia Civil informou que o caso será encaminhado para a 6ª Delegacia, onde os fatos serão apurados.