A equipe de aerodesign Microraptor, da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), ficou em segundo lugar na SAE Brasil em competição ocorrida no último domingo (27) em São José dos Campos (SP). Além de lugar no pódio entre as 95 equipes participantes, os universitários juiz-foranos receberam, ainda, menções honrosas por melhor pontuação de voo e melhor apresentação oral. Com as conquistas, os 30 representantes alcançaram a melhor participação da equipe na competição nacional desde sua criação, em 2011.
A SAE Brasil é organizada por engenheiros da fabricante de aeronaves Embraer e estimula a criação de pequenos aviões. Neste ano, mais de 1500 alunos participaram da competição, que teve, inclusive, equipes do México e da Venezuela. Toda o projeto de operação da aeronave é realizada pela equipe, que também produz as miniaturas. Na competição, eles são avaliados pela apresentação oral do projeto feito e pelo desempenho em vôo da aeronave fabricada. “O que eles querem passar para a gente, como estudantes da engenharia, é um projeto aeronáutico tão sério quanto possível”, afirma o capitão da equipe juiz-forana, Thomás Demolinari.
A equipe trabalha nos corredores da UFJF durante um ano para ter o projeto consolidado na disputa em território paulista, uma vez que cada competição tem seu próprio regulamento com desafios e critérios diferentes. Para Demolinari, a participação em 2019, recordista na história da Microraptor, ainda poderia ter sido melhor. “Esperávamos uma colocação ainda melhor, mas por problemas técnicos nós não conseguimos. Ainda assim, ficamos muito felizes com o resultado”, celebra.
Disputa com equipes de ponta
A SAE Brasil conta com a participação de alunos de Engenharia Aeronáutica tanto de instituições federais e estaduais como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), como também do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), instituição de ensino da Força Aérea Brasileira.
Na UFJF, não há o curso específico da área, se tornando um desafio a mais para os integrantes da Microraptor. O problema é driblado com a criação de um banco de informações pelos próprios alunos que é passado a cada gestão. “O que faz a gente se destacar hoje é a gestão de conhecimento da nossa equipe. Nós divulgamos artigos, trabalhos de conclusão de curso, e deixamos tudo muito bem preparado para quando as pessoas entrarem na equipe”, explica Thomás.
Após a boa participação em São José dos Campos, o foco passa a ser a conquista do título na edição de 2020 do torneio. “A gente aguarda a saída do novo regulamento para começar a preparar a aeronave para disputar em outubro do ano que vem. Estamos subindo a escadinha. Ficamos em quarto em 2017, terceiro em 2018, segundo em 2019. Ano que vem, só podemos ser primeiros”.