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Candidatos precisam vencer nervosismo e ansiedade

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Faltam três dias para a primeira prova do Enem deste ano e é natural que o nervosismo e a ansiedade dos candidatos aumentem conforme o exame se aproxima. Porém, é preciso manter a calma para desenvolver bem as provas, principalmente na redação, atividade que pode eliminar aqueles que fugirem ao tema proposto ou cometerem erros mais graves. A orientação dos professores é tentar manter o foco e se concentrar nas provas, sem exageros.

Evitar excessos é o principal conselho da psicóloga e autora do livro “Divã para vestibulandos”, Eliana Balena. De acordo com ela, as orientações mais simples, como dormir e se alimentar bem e manter o foco, devem ser mantidas, mas o concorrente deve se conhecer para saber quais atitudes tomar para se resguardar do nervosismo e da ansiedade. “Não existe uma fórmula única que se ajuste a todas as pessoas. Depois da primeira prova, por exemplo, vai existir aquele grupo que prefere não comentar a prova e não conferir o gabarito. Por outro lado, há aqueles que se sentem mais seguros comentando o exame. Para algumas pessoas, isso vai fazer mal; para outras, bem. Por isso, cada aluno precisa se conhecer para saber o que faz com que ele se sinta melhor. Mas uma regra geral é evitar excessos. Esse momento não é hora de estudar demais e nem de se divertir demais. Nada em excesso é indicado.”

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Muitos candidatos, nervosos com a aproximação das provas, acabam querendo estudar demais ou entender melhor um conteúdo com o qual ainda não se sentem seguros. No entanto, conforme a psicóloga, o ideal é fazer apenas uma revisão. Ela considera que a possibilidade de continuar indo à escola e revendo conteúdos durante a semana que separa a primeira prova da segunda é benéfica, mas deve ser vista com cautela. “À medida em que o aluno se mantém em atividade, o cérebro também se mantém assim e deixa a pessoa focada na prova na próxima semana. Mas não é hora de tentar entender as matérias difíceis. Agora, é preciso evitar pegar conteúdos muito árduos e prezar pela quantidade de informações e não pelo aprofundamento nas matérias.”

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Ao todo, 6.731.203 pessoas se inscreveram para disputar o acesso ao ensino superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O exame também oferece a oportunidade de ingresso em instituições portuguesas e de financiamento estudantil, por meio do Financiamento Estudantil do Ensino Superior (Fies).

Foco

André Carneiro, coordenador pedagógico, desaconselha os concorrentes a olharem gabaritos antes do término do exame. (Foto: Olavo Prazeres)

O coordenador pedagógico do Colégio Equipe, André Carneiro, também vê as mudanças realizadas no Enem a partir deste ano como benéficas. Para ele, a realização das provas em dois domingos, a troca do agrupamento de áreas do conhecimento em cada dia e a aplicação da redação no primeiro dia de prova ajudam os alunos. Além disso, a partir deste ano, os cadernos de provas serão entregues já identificados, com os nomes impressos no próprio caderno. A mudança evita que, na hora do nervosismo, o aluno esqueça de se identificar. Além de levar segurança ao inscrito, a identificação confere mais credibilidade ao Enem, que, em anos anteriores, já foi alvo de acusações de fraudes. A facilidade para o aluno é outro fator, que, segundo Carneiro, contribui para diminuir o nervosismo, fator essencial para fazer uma boa prova.

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Mesmo assim, pode ser difícil evitar a ansiedade durante uma semana, entre a realização da primeira prova e a da segunda. Porém, de acordo com Carneiro, ações simples podem ajudar. “Com a separação dos conteúdos pode dar mais ansiedade, porque as áreas de conhecimento estão separadas e o candidato se identifica mais com uma ou com outra. Por isso, aconselho os alunos a não se preocuparem em saber o número de acertos da prova anterior, até porque não adianta saber a quantidade de questões certas, já que existe a taxa de correção, que acaba mudando as notas. A orientação depois do primeiro domingo é se preparar para o segundo dia.”

Ainda de acordo com Carneiro, é comum ficar ansioso com tamanha concorrência em um momento decisivo. Mas, conforme o coordenador, é preciso ter confiança, já que “a vaga vai ser de alguém”. “O Enem é uma grande possibilidade de mudança na vida dos candidatos. O exame é chato e cansativo, mas é preciso ter foco. O aluno precisa se perguntar o porquê de estar fazendo a prova, porque, sabendo o que ele quer, tem força para chegar lá. A vaga vai ser de alguém e, quando o candidato chega à conclusão de que pode conquistar uma vaga de ensino público de qualidade, ele vê o Enem como uma proposta de futuro”, finaliza.

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