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Cadela segue dono até o túmulo e vira mascote do cemitério

cadela
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Se ainda há quem duvide que os cachorros são os amigos mais leais do homem, é porque não conhece Pretinha, uma vira-latas que há cerca de três anos vive no Cemitério Municipal de Juiz de Fora. A cachorrinha foi para o local em 2014, quando seu dono morreu. Depois de acompanhar o velório e enterro do homem, que vivia sozinho, ficou dias em seu túmulo sem seque comer. Como estava ficando muito fraca, Pretinha foi levada para a área administrativa do cemitério, próximo às capelas, onde vive até hoje. Sua lealdade emocionou todos os trabalhadores do local, e a vira-latas se tornou o xodó de todos que passam por lá.

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O diretor do Cemitério Municipal, João Wagner de Siqueira, contou que a cadelinha chegou no local acompanhada de outro cão, que foi embora do Municipal depois de alguns dias. “Não sabemos ao certo quem seria o dono dela, mas provavelmente era sozinho. Ela ficou e não sai nem durante a noite. É impressionante a lealdade dela”, disse. Depois que foi “adotada” pelos trabalhadores do Municipal, a vira-latas foi castrada pelo Demlurb e recebeu doses de diversas vacinas. Os funcionários agora fazem vaquinha para comprar a ração da cadela e se alternam nos cuidados com a “menina”.

Pretinha fica durante o dia se revezando entre os velórios e enterros que acontecem no cemitério. Durante a noite, ela acompanha os funcionários nas rondas entre os túmulos. Dócil, ela abana a cauda e faz festa para todos que interagem com ela, e acabou levando um pouco de alegria em um local marcado pela tristeza das despedidas.

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A cachorra se tornou a fiel escudeira do coveiro André Luiz da Silva. Ela o acompanha em todos os enterros. Basta André pegar o carrinho onde transporta os caixões que a cadelinha segue atrás. “Ela vai a todos os cortejos e também às capelas onde são feitos os velórios. Fica o dia inteiro subindo e descendo atrás de mim. Não tem uma pessoa que venha aqui que não se apaixone por ela. Ela é muito especial”, disse o coveiro.

O coveiro André Luiz brinca com a cadela Pretinha (Foto: reprodução)

 

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Amigos fiéis

O diretor do Municipal contou que não é raro ver cães que vão até o cemitério acompanhar o velório e o enterro de seus donos. “Faz algum tempo que um cachorro veio até aqui e ficou do lado de fora da capela 5, onde seu dono era velado. Ele acompanhou o enterro e depois voltou para o local. A grama ficou até danificada de tanto tempo que o cão ficou deitado. Naqueles dias, em todos os velórios que chegaram à capela 5, ele ia ver se não era seu dono. Depois de um tempo, foi embora”, comentou.

João Wagner disse que doações de ração para Pretinha podem ser deixadas no Cemitério Municipal, que fica na Rua Viscondessa de Cavalcante 36 , Bairro Poço Rico.

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