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MRS registra queda nos acidentes na malha ferroviária de Juiz de Fora

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Quatro atropelamentos foram registrados na malha ferroviária de Juiz de Fora no primeiro semestre deste ano, segundo a MRS Logística, concessionária que administra a ferrovia. O número é 42,8% menor do que os sete acidentes envolvendo trens – seis atropelamentos e um abalroamento – contabilizados no mesmo período de 2022. A queda das ocorrências na cidade vai na contramão do crescimento de 55% observado nos trechos corridos e passagens em nível de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro administrados pela concessionária. Balanço da empresa aponta que houve 70 atropelamentos e abalroamentos nos seis primeiros meses de 2023, contra 45 no ano passado. “Aumento do número de casos é alerta para mudança de comportamento na linha férrea”, dispara a MRS. Só em Minas, houve 20 sinistros.

Um dos casos mais trágicos em Juiz de Fora aconteceu no dia 26 de junho, quando um idoso, de 73 anos, morreu atropelado por trem no Bairro Industrial, Zona Norte. O acidente aconteceu próximo ao Viaduto Ramirez Gonzales. A MRS reforçou a importância de respeitar a sinalização antes de atravessar a linha férrea. “Mesmo com a aproximação da composição e com novo acionamento de buzina, o envolvido optou por seguir adiante e tentar atravessar a linha férrea. Mesmo com a aplicação do freio de emergência, não foi possível evitar o choque, pois, por conta de seu peso, o trem pode precisar de até um quilômetro para parar completamente.”

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De acordo com a MRS, todos os casos registrados no primeiro semestre tiveram como causa a imprudência ou a desatenção. O município de Barra Mansa (RJ) lidera a lista de acidentes no período, com nove ocorrências, seguido de Santos Dumont (5), Juiz de Fora (4), Japeri/RJ (4), Suzano/SP (4) e Paraíba do Sul/RJ (4). Santos Dumont, a cerca de 50 quilômetros de Juiz de Fora, também registrou aumento na comparação com o ano passado, quando houve dois abalroamentos.

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Segundo a MRS, o comportamento de motoristas e pedestres é fundamental para a segurança de todos. “Promovemos, de forma rotineira, campanhas e ações de conscientização junto à comunidade, pois sabemos que o principal fator para que haja melhoria no cenário continua sendo a mudança de comportamento. Precisamos que motoristas e pedestres respeitem a sinalização e parem, olhem para os dois lados e escutem antes de atravessar a linha férrea. O trem é pesado e longo, não freia como um carro”, destaca o coordenador de Segurança Operacional da MRS, Pedro Peron.

Última morte registrada por acidente na linha férrea em Juiz de Fora ocorreu no dia 26 de junho, no Bairro Industrial (Foto: Felipe Couri)

Motociclista dribla cancela

O caso mais recente de imprudência em Juiz de Fora que resultou em acidente, ocorrido já no segundo semestre, aconteceu no dia 13 de julho, quando um motociclista, de 21 anos, foi atingido por um trem na Rua Tereza Cristina, esquina com a Avenida Coronel Vidal, no Bairro Mariano Procópio, Zona Nordeste. Segundo o Samu, a vítima estava consciente, mas com múltiplas escoriações. Na ocasião, a MRS informou: “Mesmo com a aproximação da composição, o condutor seguiu com a tentativa de fazer a travessia da linha férrea, driblando a cancela que já estava abaixada no momento.”

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Pelo Código de Trânsito Brasileiro o trem possui prioridade na circulação. “O artigo 212 determina que deixar de parar o veículo antes de transpor a linha férrea é uma infração gravíssima, e o infrator está sujeito a multa.”

Um flagrante feito pelas câmeras de segurança da MRS na passagem em nível do Bairro Poço Rico, Zona Sudeste da cidade, mostra um motorista avançando e quebrando a cancela, ao mesmo tempo em que quase derruba um motociclista. O motorista imprudente seguiu seu caminho, deixando os demais sem sinalização, enquanto o trem se aproximava. Um pedestre ainda correu para levantar a cancela caída no chão e evitar um acidente. “O trem leva cerca de três minutos para passar por uma passagem em nível. É muito pouco tempo de espera para se expor a um risco”, destaca Peron.

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Quem perceber fator de risco ou situação irregular na linha férrea sob concessão da MRS pode ligar para 0800-979-3636.

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