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La Niña deve trazer dias mais quentes e secos em Juiz de Fora

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(Foto: Felipe Corui)
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Apesar de julho ter começado com uma queda considerável nas temperaturas, e de Juiz de Fora ter registrado a segunda madrugada mais fria do ano, o segundo semestre de 2024 deve ser marcado pelos impactos do La Niña, fenômeno que provoca o resfriamento das águas equatoriais da costa do Peru até parte do Pacífico central. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a probabilidade de o evento ocorrer com mudanças climáticas é de 69%. A Tribuna conversou com o climatologista e professor do curso de geografia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Fábio Sanches para entender os impactos do La Niña no clima de Juiz de Fora. 

Conforme o especialista, o El Niño Oscilação Sul (ENOS) consiste em um fenômeno oceânico-atmosférico que ocorre no Oceano Pacífico equatorial, que inclui três fases: neutra, El Niño (positiva) e La Niña (negativa). O El Niño é conhecido por provocar um aumento das temperaturas e das chuvas em relação à média (padrão climatológico) e, conforme o Inmet, chegou ao fim em maio. Em seguida, é esperada a entrada do La Niña, responsável pela redução nos volumes de chuva e elevação das temperaturas em relação às médias no sudeste da América do Sul. 

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Impactos do La Niña em Juiz de Fora

Sanches aponta que o fenômeno deve impactar exatamente na diminuição de chuvas e aumento das temperaturas acima das condições normais para Juiz de Fora. Embora a expectativa seja de redução na frequência de frentes frias vindas do sul do hemisfério e suas massas de ar frio sobre a região, o especialista não descarta eventuais passagens de frentes frias no município, que poderão reduzir sensivelmente as temperaturas durante poucos dias sequenciais, como as que estamos enfrentando desde domingo (1).

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“Como nosso inverno tem como principais características ser seco e com baixas temperaturas, espera-se uma estação ainda mais seca (menos chuvas que as condições normais) e com temperaturas levemente acima da média. Essas condições deverão estar associadas à atuação de massas de ar seco e até mesmo de bloqueios atmosféricos, que podem promover sequências de dias quentes e secos (com sensível redução da umidade do ar)”, analisa o climatologista. 

O Inmet também informou que a população pode esperar dias com céu claro, grande amplitude térmica, ou seja manhãs frias e tardes mais quentes, chuvas escassas, e baixos índices de umidade (abaixo de 30%) à tarde. Segundo o Instituto, o tempo seco persistente favorecerá prováveis ondas de calor entre agosto e outubro. 

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