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Justiça aceita denúncia de feminicídio contra homem acusado de matar ex em JF

forum benjamin colucci foto fernando priamo
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A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra um homem, de 30 anos, acusado de matar a ex-companheira, de 25 anos, com 30 facadas em Juiz de Fora. O crime, qualificado como feminicídio, ocorreu em 1º de outubro do ano passado, no Bairro Marumbi, na Zona Leste. A decisão foi proferida, na tarde desta segunda-feira (1º), pelo juiz Paulo Tristão, durante audiência de instrução, no Fórum Benjamin Colucci. Além do interrogatório do acusado, quatro testemunhas foram ouvidas durante a sessão. O réu continua preso de forma preventiva e teve o direito de aguardar o julgamento em liberdade negado.

Conforme a denúncia do Ministério Público, o réu teria matado Jaqueline Bianca Souza de Paula por motivo torpe, “em razão do sentimento de posse e por não aceitar o fim do relacionamento” e com emprego de meio cruel e impossibilidade de defesa por parte da vítima.

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Narra a denúncia que ele e vítima “estavam separados e, naquele dia, o acusado, por possuir as chaves da casa de Jaqueline, entrou na residência, escondeu sua motocicleta para que sua presença não fosse percebida, e ficou aguardando sua chegada (da vítima). Quando a vítima retornou a sua casa, foi surpreendida pelo acusado que, após se desentenderem, desferiu-lhe golpes de facas em regiões letais, matando-a”, afirmou a promotoria, que acrescentou que Jaqueline também foi espancada.

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Após o crime, como narra a denúncia, ele iria fugir para o Rio de Janeiro, mas foi preso em flagrante pela Polícia Militar (PM), em uma lanchonete, na Avenida Getúlio Vargas, no Centro. A defesa, como apontam os termos do pronunciamento, argumentou que ele era usuário de drogas, que deveria ser absolvido e encaminhado para internação para tratamento médico. O pedido foi negado pelo magistrado, que considerou que o réu “não tem documento médico ou hospitalar a fornecer indícios de tratamento e nem mesmo faz uso de remédios controlados”.

O pronunciamento também apontou que, quando era menor de idade, o denunciado, conforme certidão de antecedentes criminais, cometeu crime de homicídio contra sua ex-namorada. Ele segue no sistema prisional e irá a júri popular. O julgamento ainda não tem data definida. Segundo o juiz Paulo Tristão, nesta segunda (1º), após a audiência, a defesa do réu recorreu da decisão.

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Dia do crime

Segundo informações do registro policial do dia do crime, o homicídio contra Jaqueline ocorreu pouco depois das 18h30, na Rua Abdo Dib, onde a vítima morava. Testemunhas relataram que escutaram a moça pedindo socorro e, ao entrarem no imóvel, a encontraram caída no chão com vários ferimentos pelo corpo. Ela teria dito para uma das testemunhas que “ele fez isso comigo”. O Samu foi acionado, mas ela não resistiu aos ferimentos.

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