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Moradores convivem com risco de queda de árvores perto de casa

Embaúba já encosta no telhado de casa no Jardim Casablanca (Foto: Fernando Priamo)
Embaúba já encosta no telhado de casa no Jardim Casablanca (Foto: Fernando Priamo)
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Imagine dormir e acordar com medo da queda de três árvores embaúbas sobre sua casa sempre que venta ou chove. Assim vive Marly Aparecida Gomes, de 55 anos, moradora do Jardim Casablanca, na Cidade Alta. Ela reside na Rua Adão Barbosa Lima e, temendo as chuvas de março, decidiu procurar a Tribuna para tentar resolver o problema.

O vizinho e proprietário do terreno onde estão as embaúbas, Ricardo Ribeiro Benício, classifica as árvores como “inclinadas”. Ele afirma que a situação persiste, pelo menos, há cinco anos no local, onde também funciona a serralheria de sua propriedade. Em 2015, Ricardo procurou o Corpo dos Bombeiros e, durante a avaliação, foi informado que não havia risco de queda.

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No entanto, conforme Marly, o problema seria mais antigo. Em 2012, ela teria solicitado à Prefeitura o corte das embaúbas. Contudo, como não teve seu pedido atendido, o vizinho decidiu, três anos depois, procurar auxílio com o Corpo de Bombeiros. Cortar as árvores por conta própria seria uma das soluções encontradas pelos moradores, mas, com medo de multas, eles voltaram atrás. “Pensei em contratar alguém para realizar o serviço, mas fui informada que não é correto, podendo ainda ser multada. Só não quero mais conviver com esse medo, como acontece há anos”, desabafa Marly, acrescentando que seu temor é maior em razão de morar junto com dois netos de 8 e13 anos.

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Enquanto esperavam por uma resolução, foram surpreendidos, em janeiro deste ano, pela queda de uma das árvores sobre a serralheria. Apesar do susto, ninguém ficou ferido, mas mantém-se o medo de queda das outras duas.

A Secretaria de Meio Ambiente informou, por meio de nota, que não consta pedido em aberto de corte para o endereço mencionado e sim de verificação em lote vago, datado de 2015. Já a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros informou que não há risco iminente de queda para as embaúbas. O pedido foi feito no ano de 2015.

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Como solicitar o corte

Muitas pessoas têm dúvidas sobre como proceder e qual órgão acionar em ocorrências envolvendo árvores. Em caso de risco eminente de queda, o Corpo de Bombeiros ou a Defesa Civil devem ser acionados e poderão realizar o corte sem autorização necessária. A Secretaria de Meio Ambiente autoriza ou não podas drásticas ou cortes mediante análise técnica e em casos de infestação acentuada de parasitas ou situações de perigo.

Como publicado pela Tribuna na edição do dia 22 de janeiro, para essas análises, o município comprou um tomógrafo, que deve chegar ainda neste semestre. O equipamento “tem a função de detectar o estado fitossanitário das espécies”.

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A pasta tem, entre outras atribuições, a responsabilidade pela autorização ou não para interferências na arborização da cidade. Após o pedido, que deve ser feito no Espaço Cidadão, é realizada a vistoria de um técnico, e na ocasião é emitido o laudo de deferimento ou indeferimento da solicitação. Se for deferido em local público, é a Empav quem faz a poda. Caso seja em local particular, a responsabilidade do corte é do proprietário. A legislação permite o corte desde que haja compensação ambiental com o plantio de determinada quantidade de mudas.

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