Como previsto, a chegada de uma frente fria trouxe instabilidade para Juiz de Fora. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a presença de um sistema frontal sobre o oceano Atlântico, aliado a uma área de baixa pressão sobre o continente e ao fluxo de ar úmido, possibilita o desenvolvimento de áreas de instabilidade por sobre todas as regiões de Minas Gerais no decorrer da primeira sexta-feira (3) de 2020.
Consequentemente, as condições são favoráveis à ocorrência de chuvas de forte a moderada intensidade, acompanhadas de rajadas de vento e descargas atmosféricas, especialmente no período da tarde, noite e madrugada na Zona da Mata. Tal condição deverá se estender pelo fim de semana, com céu encoberto e temperaturas mais amenas, variando dos 18 aos 23 graus.
Ainda conforme o Inmet, na região podem ocorrer tempestades com volumes significativos (entre 20 e 30 milímetros/h ou até 50 milímetros/dia), acompanhadas de ventos fortes entre 40-60 km/h, em áreas isoladas. O alerta vale até às 9h desta sexta.
Defesa Civil registra 13 ocorrências
Nesta quinta-feira (2), a chuva chegou a Juiz de Fora ainda pela manhã. Entretanto, os pluviômetros instalados no Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora registraram maior volume entre 14h e 15h. Até às 17h, choveu na cidade 44,8 milímetros, conforme o instituto. A temperatura mínima foi de 19,4 graus e a máxima de 27,5 graus.
À Tribuna, a Defesa Civil informou que até às 16h30 foram registrados 13 chamados pelo 199. Dentre os casos de maior relevância está um alagamento na Rua José Vicente, Bairro Santa Rita, na Zona Leste. Na mesma região, a Rua João Luzia, no Bairro Três Moinhos, ficou danificada. Já Rua São José, no Vitorino Braga, poste e árvores caíram nas proximidades da Escola Estadual Professor Cândido Motta. A Cemig e Corpo de Bombeiros foram acionados a fim de avaliar os riscos e tomar providências necessárias. Segundo a companhia de energia, 70 clientes ficaram sem luz entre 14h e 17h. Houve ainda um escorregamento de barranco na Rua Machado Filho, no Borboleta, na Cidade Alta. A pasta não informou a gravidade, uma vez que técnicos faziam as avaliações necessárias.