Uma aposentada de 70 anos perdeu R$ 5 mil ao cair no golpe do falso sequestro nesta semana em Juiz de Fora. Moradora do Bairro São Mateus, na Zona Sul de Juiz de Fora, ela procurou a Polícia Militar nesta sexta-feira (1º) e contou ter recebido uma ligação em seu celular na última segunda, de número não identificado. Ao atender, a idosa foi surpreendida por um homem, que afirmava ter raptado o filho dela. Como resgate, ele exigiu que ela depositasse R$ 5 mil em uma conta bancária. Caso contrário, o sequestrador iria agredir a vítima até a morte.
A mulher ficou nervosa diante das ameaças e cumpriu a determinação do estelionatário. Ela seguiu até sua agência bancária e, enquanto ainda era mantida pelo criminoso na linha telefônica, fez a transferência exigida. Após pegar o extrato, a aposentada averiguou que a conta creditada pertencia a uma pessoa do sexo feminino. Depois da transação, a idosa seguiu até o local indicado pelo bandido, onde supostamente o filho dela seria libertado.
Como o homem não foi localizado no endereço, a vítima começou a desconfiar que pudesse ter caído em um golpe. Depois de se acalmar, ela pediu a uma vizinha para ligar para seu filho. Momentos depois, ele chegou à residência da mãe. Não satisfeito, o golpista ligou novamente para a mulher, provavelmente na tentativa de obter mais dinheiro, mas ela não atendeu o telefonema. O caso seguiu para investigação na Polícia Civil.
Pressão psicológica
Apesar de ser divulgado há alguns anos, o golpe do falso sequestro continua fazendo vítimas por todo o país. Os bandidos ligam normalmente de forma aleatória para as vítimas e, por meio de pressão psicológica, tentam obter dinheiro, afirmando que um parente próximo está sequestrado e sob ameaça de morte. Em troca da libertação do suposto sequestrado, os criminosos exigem dinheiro ou créditos de celulares pré-pagos.
Para evitar se tornar vítima deste tipo de crime, a Polícia Civil orienta a não receber ligações a cobrar de desconhecidos, não repassar informações pessoais por telefone e nem revelar nomes de parentes. Como as pessoas costumam entrar em pânico diante da possibilidade de um parente estar acidentado ou sequestrado, muitas esquecem de checar se a informação é verdadeira, mesmo porque os estelionatários costumam manter as vítimas do outro lado da linha para que elas não consigam averiguar a veracidade do caso. Choros ao telefone imitando os supostos sequestrados também têm sido usados com frequência pelos estelionatários. Em caso de dúvida, a PM deve ser acionada.