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Chuva forte deixa cerca de 100 famílias desalojadas em Ubá

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Atualizada às 16h

Água tomou todas aos cômodos da casa na Rua Padre Vidal (Foto da leitora Aline Avelar)

Uma forte chuva que caiu em Ubá, cidade a cerca de 110 quilômetros de Juiz de Fora, no início da noite desta segunda-feira (30), deixou aproximadamente 100 famílias desalojadas na cidade. O número extraoficial foi calculado pela Defesa Civil local, que segue nos trabalhos de atendimentos à população nesta terça-feira. Em menos de uma hora, choveu o equivalente a 77 milímetros na cidade.

O ponto de maior concentração pluviométrica foi na região Central, culminando em transbordamentos de córregos que cortam os bairros Agroceres, Cidade Jardim, Louriçal, Nova Olinda, Primavera, Santana, Santa Luzia, Santa Edwiges, São Sebastião, São Domingos Vale do Ypê, Xangrila e Waldemar de Castro. Conforme a Defesa Civil, os desalojados foram para a casa de familiares. Ainda não há um balanço de quantas ocorrências foram atendidas nas últimas horas. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar também atuaram no trabalho de resgate à população.

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Em alguns pontos, o Corpo de Bombeiros precisou do auxílio de barcos para fazer a retirada dos moradores ilhados. A corporação atendeu também chamados relativos à queda de barrancos e deslizamentos de encostas. O km 1 da rodovia MGT 447, no Bairro Primavera, precisou ser interditado para o tráfego de veículos.

 

Em casas da Rua Padre Vidal, no Bairro São Sebastião, o nível da água chegou a cerca de 1,5m. A irmã de uma moradora do local, Aline Avelar, 33 anos, que trabalhou até cerca de 4h na tentativa de resgatar alguns móveis da família, detalhou a situação. “Na sala e nos quartos, que são os pontos mais altos da casa, a água chegou a cerca de 60 centímetros. Já na cozinha e na área de serviço, que ficam num nível mais baixo, o alagamento foi de cerca de 1,2m. Ninguém estava no imóvel no momento da chuva e vizinhos ligaram mais minha irmã para que ela fosse até lá tentar salvar alguma coisa. Quando meu sobrinho chegou, a água já estava na altura da canela dele”, conta. “Não deu para salvar nada. Além dos móveis, os dois carros da família, um que estava estacionado na rua e outro que estava na garagem, foram perdidos. Nunca houve uma situação semelhante nos 25 anos que minha irmã mora no local. Em outras casas da rua, onde o nível é mais baixo, a situação foi até pior. Na casa da vizinha, a água chegou na janela”, relata. Ainda conforme Aline, a lama resultante de um loteamento no bairro, pode ter contribuído para a dificuldade de escoamento.

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Na manhã desta terça, cerca de 160 homens da Secretaria de Ambiente e Secretaria de Obras atuam no trabalho de limpeza da cidade. Funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Social e de Saúde atuam no levantamento de danos causados às famílias. A Prefeitura trabalha também na doações de colchões e água potável às vítimas.

De acordo com o coordenador municipal de Defesa Civil do município, Aldeir Ferraz, o momento é de solidariedade. Segundo ele, para ajudar as famílias atingidas, o município iniciou uma campanha para arrecadar alimentos não perecíveis, água potável e materiais de limpeza. Por enquanto, doações de roupas não são necessárias, segundo ele. Para informações de como entregar os produtos, a Defesa Civil disponibiliza o telefone (32) 3531-7943

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Temporal também em Muriaé

Assim como em Ubá, a segunda-feira foi de muita chuva em Muriaé, a cerca de 160 quilômetros de Juiz de Fora. Segundo informações da Defesa Civil da cidade, foi registrado acumulado de 126 milímetros nas últimas 12 horas, índice que corresponde a metade do previsto para todo o mês de dezembro, de acordo com a média histórica dos últimos 35 anos no município. A pasta recebeu 35 chamados de vistoria relacionados a deslizamentos de terra e elevação do nível do Rio Muriaé, em cerca 1,53m.

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Os bairros mais afetados pelos deslizamentos de terra foram Cardoso de Melo, Gaspar, São Joaquim e Joanópolis. Já no Dornelas e na Barra foram registrados alagamentos pontuais relacionados à drenagem pluvial que vem sendo executada no local. A Defesa Civil monitora a situação e alerta para a possibilidade de invasão de água nas ruas mais baixas da região ribeirinha, especialmente nos bairros José Cirilo, Santana, Napoleão e Barra.

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