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Juiz de Fora tem 25 mil habitantes a mais do que no último Censo, estima IBGE

Juiz de Fora tem 25 mil habitantes a mais do que no último Censo, estima IBGE
(Foto: Felipe Couri)
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Juiz de Fora passa por um crescimento populacional mais acelerado. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do município em 2024 é de 565.764 pessoas, 25 mil a mais em comparação a 2022, quando foi realizado o último Censo Demográfico. Na  ocasião, o número era de 540.756 de habitantes. O atual número estimado representa aumento de 4,42% em relação ao de dois anos atrás.

A título de comparação, o Censo anterior, feito em 2010, registrou 516.247 pessoas residentes na cidade. Ou seja, durante o período de 12 anos entre as pesquisas, o crescimento no número de habitantes (24,5 mil) foi inferior ao dos últimos dois anos.

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Wagner Batella, professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), ⁠explica que os dados divulgados sobre o Censo 2022 para todo o Brasil são chamados de população recenseada. Após essa divulgação, o IBGE realiza correções nos dados do Censo e, segundo Wagner, a tendência dessa correção, via de regra, é de aumento nas populações recenseadas.

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“Para pensar a projeção da população, o IBGE parte dessa população corrigida, que é maior do que a divulgada no Censo. Além dessa população, o instituto olha para os dois anteriores – 2000 e 2010 -, com o intuito de identificar o peso de Juiz de Fora para a tendência de crescimento no estado de Minas Gerais, além dos dados de Registro Civil, do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, entre outros”, esclarece.

Segundo o professor, as projeções do IBGE servem de base para cálculos de amostras para outras pesquisas do instituto, cálculo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e Estados (FPE), além de servirem de parâmetro para a realização de políticas públicas. “Sua importância se justifica pela possibilidade de acompanharmos a evolução anual das populações, pois os Censos Demográficos acontecem com intervalos decenais.”

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Número de habitantes impacta a vida na cidade

O aumento no número de habitantes impacta na demanda por mais serviços. “Devemos considerar que Juiz de Fora é uma cidade média de importância regional, polo de serviços para uma extensa área com população que viaja para o município diariamente por motivos de trabalho, educação ou saúde. Em outras palavras: JF é pressionada não apenas pelo seu próprio crescimento, mas também pelo de toda sua região. No médio prazo, esses dados são fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas voltada para os diferentes públicos, como crianças, idosos ou mesmo para a força de trabalho”, aborda Wagner.

Em relação ao que poderia estar por trás do contexto, o professor destaca que deve-se considerar o crescimento vegetativo, as correções na população recenseada e a chegada de imigrantes. “Um outro dado divulgado pela projeção é que o crescimento da população brasileira deve estabilizar e parar de crescer até 2041. Isso é calculado com base na queda da taxa de fecundidade, que, no país, caiu de 2,32 no ano de 2000, para 1,57 filho por mulher no ano de 2023 – e deve recuar até 1,44 em 2040, quando atinge seu patamar mais baixo, segundo os dados do IBGE.”

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Preparação para crescimento populacional

“Os responsáveis pela gestão da cidade precisam debater e se planejar para o futuro, fortalecer o diálogo com instituições de pesquisas no intuito de tomar decisões com base em evidências”, afirma Wagner. De acordo com ele, faz-se importante conhecer a dinâmica da população, as tendências de transformação e instituir mecanismos que permitam escutar as pessoas.

“Deve-se lembrar que o crescimento populacional implica em mudanças na própria cidade, seja do ponto de vista físico, como a produção de moradias e o crescimento territorial da mancha urbana, seja do conteúdo do município: perfil socioeconômico, aumento dos problemas sociais e pressão sobre o meio ambiente. Juiz de Fora tem feito muito, mas há muito para se avançar. Esperemos que esse debate surja neste período eleitoral e que os candidatos possam se posicionar sobre o tema.”

Estagiário sob supervisão da editora Fabíola Costa

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