A estrutura do edifício do Bairro Cruzeiro do Sul será reavaliada em uma reunião, nesta quarta-feira (2), às 8h, entre a Subsecretaria de Defesa Civil de Juiz de Fora e os responsáveis pelo empreendimento interditado desde o último domingo (30). Em nova visita à estrutura nesta terça, a Tribuna flagrou um canteiro de obras já instalado. Os trabalhadores presentes no local cercaram a viga danificada do edifício com aços para iniciar a intervenção a fim de estabilizar o empreendimento. De acordo com a Defesa Civil, o material de construção para o início das obras já está no local, mas a intervenção será mesmo detalhada por um calculista estrutural à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) nesta quarta. O Executivo não revelou ainda, à Tribuna, o nome da construtora responsável pelo prédio.
A retirada de moradores do edifício, bem como de imóveis das ruas Sarandira e Água Limpa, no Bairro Santa Luzia, mantém 46 famílias desalojadas desde o último domingo. De acordo com a Defesa Civil, “as famílias desalojadas estão em casas de amigos e parentes, e o desvio de trânsito no local segue como uma medida preventiva”. Apenas após a reunião, novos prazos serão repassados a moradores, assim como novos procedimentos serão anunciados. Contactado pela Tribuna, o Corpo de Bombeiros informou que nenhuma nova ação foi realizada no local pela corporação nesta terça. Além de terem evacuado o edifício, os militares esvaziaram a caixa d’água do empreendimento na manhã da última segunda-feira, para aliviar o peso sobre a estrutura.
Agentes de trânsito continuam no local para desviar o trânsito sentido Centro-Cruzeiro do Sul, na altura do número 5.144 da Avenida Barão do Rio Branco, para evitar o impacto do tráfego de veículos pesados na estrutura. A caminho do Cruzeiro do Sul, o trânsito está sendo desviado para a Rua Ibitiguaia, com acesso pela Rua das Flores, no Santa Luzia. Já sentido Centro, o tráfego está restrito a apenas uma faixa nas proximidades do edifício. Procurada pela Tribuna para esclarecer o horário da restrição ao tráfego de veículos, bem como a velocidade máxima permitida no local, a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) não respondeu.
Habite-se
Como já informado anteriormente, a obra do edifício tem mais de 30 anos e está regularizada junto ao Município de Juiz de Fora. Questionada se a fragilização da estrutura do edifício não expunha uma falha do Município ao conceder o “Habite-se” ao empreendimento, a Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur) também não respondeu à Tribuna até o fechamento desta edição.