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UFJF oferta quase mil vagas a mais pelo Pism em 218

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Pró-reitora de Graduação, Maria Carmen de Melo, orientou que candidatos leiam com muita atenção os detalhes no edital.
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O Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vai oferecer quase mil vagas a mais em 2018, em comparação com a última edição do processo seletivo. Neste ano, são oferecidas 2.323 vagas em 72 cursos, enquanto que, no ano passado, 1.439 vagas em 69 cursos foram ofertadas. O aumento expressivo no número de vagas, que afeta apenas os candidatos do último módulo, é decorrente da mudança na divisão de vagas entre o programa, próprio da universidade, e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Com a divulgação do edital do Pism 2018 nesta sexta-feira (1º), a universidade também divulgou que, neste ano, 50% do total de vagas na instituição serão disputadas por alunos que participarão do Módulo III. A outra metade será destinada aos candidatos do Sisu.

Em edições anteriores do Pism, 30% das vagas eram reservadas para o programa próprio da universidade e os outros 70% para o Sisu. A mudança ocorreu em decorrência da necessidade de adequação à legislação federal que regulamentou a reserva de cotas para pessoas com deficiências em instituições federais.

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Das 2.323 vagas direcionadas aos candidatos do Pism neste ano, 1.908 são para 62 cursos no campus Juiz de Fora e 415 para dez cursos no campus de Governador Valadares. As inscrições para os três módulos do Pism começam nesta segunda-feira (4), a partir das 15h. As provas serão realizadas nos dias 9 e 10 de dezembro, das 13h às 17h30.

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Para se inscrever, o candidato deverá acessar o site da Copese até as 19h do dia 29 de setembro, realizar a inscrição no link indicado e imprimir a Guia de Recolhimento da União, referente à taxa de inscrição, no valor de R$ 110. Os candidatos que quiserem solicitar isenção da taxa devem fazer o pedido no ato da inscrição on-line, que, neste caso, deve ser feita de 4 a 11 de setembro. O endereço do site é www.ufjf.br/copese.

Também é necessário imprimir o comprovante definitivo de inscrição, a partir das 15h do dia 21 de novembro. Neste documento estarão contidos os locais de prova, que poderão ser realizadas em Governador Valadares, Muriaé e Volta Redonda (RJ), além de Juiz de Fora.

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Devem se inscrever para o Módulo I aqueles alunos que estão participando do programa pelo primeiro ano (triênio 2017-2019). Alunos que já participaram das provas no ano passado devem se inscrever no Módulo II (triênio 2016-2018), e, aqueles que vão finalizar o terceiro ano do Ensino Médio neste ano vão se inscrever para o Módulo III (triênio 2015-2017).

Todas as orientações para os candidatos estão descritas no edital, que também contém informações sobre o número de vagas para cada curso, regras para os pedidos de isenção e de realização das provas. Na publicação também estão elencados os critérios para inscrição no sistema de cotas da UFJF.

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Nome social

Outra alteração no processo seletivo, a partir deste ano, é a possibilidade de os candidatos travestis e transexuais poderem solicitar a inscrição com uso do nome social. Para utilizar o nome pelo qual prefere ser chamado cotidianamente e que reflete sua identidade de gênero, o candidato tem que solicitar o atendimento por meio de formulário próprio disponibilizado no site da Copese durante o período de inscrição.

Pessoas com deficiência são incluídas nas cotas

A mudança na divisão das vagas entre o Pism e o Sisu ocorreu em decorrência da necessidade de adequação ao decreto 9.034, de abril deste ano, que regulamenta a lei 13.409, de dezembro do ano passado. As normas, assinadas pelo presidente Michel Temer, regulamentam a reserva de vagas para pessoas com deficiência em instituições federais. Para que a nova legislação fosse cumprida, a UFJF constatou a necessidade de dividir as vagas igualmente.

Durante entrevista coletiva para a imprensa na manhã de sexta-feira (1º), a pró-reitora de Graduação da UFJF, Maria Carmen Simões Cardoso de Melo, explicou que a decisão de dividir igualmente o total de vagas passou por discussão interna, iniciada no Conselho de Graduação (Congrad). Em seguida, um debate foi realizado no Conselho Superior (Consu) e a questão redirecionada para o Congrad. “Vimos como melhor solução para este momento a mudança na destinação das vagas. Assim, conseguiríamos ter, na maioria dos cursos, todas as possibilidades de cotas.”

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As cotas para pessoas com deficiência serão incluídas dentro das cotas raciais e sociais já existentes até então. Do total de vagas do Pism, 50% serão destinadas a candidatos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas e o restante vai para a ampla concorrência, grupo oficialmente denominado como Grupo C. Além dos grupos A, B, D e E, foram incluídos os grupos A1, B1, D1 e E1 para as pessoas com deficiência (ver quadro). O número de vagas para cada um dos grupos está definido no edital.

A decisão deve ser divulgada em breve, em forma de resolução. Conforme a pró-reitora, no entanto, para as próximas edições do programa, a universidade deve estudar novas formas de distribuição das vagas, com base nos resultados alcançados neste processo. “O prazo de regulamentação dado às instituições foi muito curto para fazer um debate amplo e aprofundado. Por isso, a resolução reserva-se a colocar a distribuição como válida para o processo apenas deste ano, para o edital do Pism de 2018 e para as duas entradas do Sisu de 2018, no primeiro e no segundo semestre.”

Assim como já acontecia anteriormente com os outros cotistas, os candidatos com deficiência devem assinalar, no momento da inscrição, a cota correta à qual sua condição se encaixa. Esta etapa acontece apenas no momento da inscrição no Módulo III, momento em que o concorrente também escolhe o curso ao qual deseja ingressar. Além de estipular o número de vagas para pessoas com deficiência em cada curso, o edital do Pism 2018 pontua que os candidatos com deficiência convocados para ocupar as referidas vagas devem apresentar laudo médico original no momento da matrícula. Segundo definido pelo edital, o documento deverá ser emitido nos dois últimos meses que antecedem o processo seletivo, atestando a espécie e grau de deficiência e a provável causa da mesma.

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Duas comissões também são responsáveis por analisar os documentos entregues no momento da matrícula. No caso dos ingressantes com algum tipo de deficiência, uma terceira comissão vai analisar as necessidades do aluno para que ele possa ingressar na universidade.

Pró-reitora alerta para compromisso dos candidatos de acompanhar o processo

Apesar de o edital conter todas as informações e datas necessárias para que os interessados acompanhem os trâmites dos processos seletivos, muitas matrículas são indeferidas por erros cometidos pelos próprios ingressantes após a aprovação. O alerta é da pró-reitora de Graduação, Maria Carmen Simões Cardoso de Melo. Segundo ela, é essencial que os candidatos atentem para os detalhes contidos no edital, pois o documento vai nortear a participação dos inscritos no processo.

“O edital tem inúmeras informações. Por isso, é preciso ler com bastante cuidado e critério e estar atento a todas as fases. O candidato também deve manter o compromisso de acompanhar o processo por meio do site da Copese e ficar atento ao calendário”, afirma.

Entre as principais orientações sobre erros comumente cometidos pelos ingressantes está a escolha errada do sistema de cotas no momento da inscrição. “Só são consideradas escolas públicas aquelas que são de ensino público mesmo, de administração indireta ou direta das três esferas de governo. Alunos que estudaram em escola privada, mesmo com bolsa integral, não podem se candidatar às cotas, assim como alunos oriundos de escolas filantrópicas e de telecurso também não podem.”

Os candidatos cuja religião exige vestimentas diferenciadas ou a realização das provas em outro dia da semana também devem verificar, no edital, como proceder, assim como os alunos com algum tipo de deficiência. Outra questão importante é que o aluno pode reprovar no primeiro ano do triênio do Pism e continuar no processo, mas, caso reprove no segundo ou no terceiro ano, é eliminado.

Pró-reitora de Graduação, Maria Carmen de Melo, orientou que candidatos leiam com muita atenção os detalhes no edital

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