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Fumaça preocupa comunidade

fumaca branca em igrejinha seria resultado de queima de gas natural e vapor d´agua empresa diz que ela nao e nociva oseias moreira de carvalhodivulgacao

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Fumaça branca em Igrejinha seria resultado de queima de gás natural e vapor d´água. Empresa diz que ela não é nociva (Oséias Moreira de Carvalho/Divulgação)
Fumaça branca em Igrejinha seria resultado de queima de gás natural e vapor d´água. Empresa diz que ela não é nociva (Oséias Moreira de Carvalho/Divulgação)
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Moradores do Bairro Igrejinha, na Zona Norte, estão preocupados com a fumaça que tem tomado o bairro. Segundo eles, a incidência de uma espécie de névoa branca tem sido frequente há dois meses, o que estaria desencadeando problemas respiratórios nas pessoas. Na última quinta-feira, a fumaça, emitida pela Votorantim Metais, teria sido muito forte. Uma moradora, de 53 anos, que preferiu manter o sigilo do nome, relatou que é mãe de uma moça de 26 anos que possuiu dificuldade de locomoção e de fala. Com o problema, tem mantido a jovem dentro de casa sem poder tomar sol em área pública.

“Ela não consegue respirar”, conta a mulher a respeito da filha quando fica exposta à fumaça. “Minha outra filha está passando por uma crise de tosse. Já se medicou com antialérgicos, mas não passa. Tudo indica que seja por causa dessa fumaça, que é muito branca e deixa o ar como se tivesse cheio de pó”.

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Outra residente, 31, relatou que a presença da fumaça é mais comum pela manhã. “Algumas pessoas reclamam de um cheiro diferente no ar, e eu já senti meu olho arder. Chega a dar pigarro na garganta”, afirma a mulher, que tem uma filha de 9 anos que sofre de rinite. “Ela tem crises de tosse, e achamos que a fumaça influencia nisso.”

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O presidente da Associação de Moradores do Bairro Igrejinha, Luis Carlos Nascimento Barbosa, informou que recebeu queixas da comunidade. “As pessoas estão suspendendo a caminhada no período da manhã, pois a fumaça queima a vista. Há uma mês, houve um grande número de crianças com tosse. Elas foram atendidas na unidade de saúde do bairro com problemas respiratórios”, afirma Luis Carlos, lembrando que, há cerca de 30 dias, participou de reunião no Setor de Comunicação e Recursos Humanos da Votorantim. “Informaram-me que havia um vazamento em um dos aparelhos e que seria consertado assim que uma peça chegasse. Ontem (quinta-feira), entrei em contato de novo e me disseram que seria trocado até hoje (ontem).”

Nota

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Por meio de nota, a Votorantim Metais esclareceu que a fumaça gerada na última quinta-feira não é nociva ao meio ambiente ou à saúde das pessoas. Segundo a empresa, a emissão foi resultado da queima de gás natural e vapor d’água e está dentro dos limites estabelecidos pela legislação, sendo ainda temporária. A máquina que gerou a emissão substituiu um equipamento que estava em manutenção. Em operação normal, periodicamente, a empresa realiza monitoramentos para assegurar a preservação do meio ambiente das localidades onde opera e mantém transparência no relacionamento com a comunidade de Igrejinha. Ainda segundo a empresa, essa operação será encerrada até amanhã.

Denúncia não chegou à polícia

A Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura informou que a Votorantim Metais é licenciada pelo Governo do estado e, por isso, sua fiscalização deve ser realizada pela Polícia Militar de Meio Ambiente e pela Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram-Zona da Mata) e que a pasta pode prestar apoio caso seja solicitada. O Pelotão de Meio Ambiente da PM informou ontem que não havia recebido denúncia sobre o caso. De acordo com o comandante do pelotão, tenente Aloísio Vargas Júnior, após receber denúncia formal, a corporação vai ao local e registra ocorrência, que é encaminhada à Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), que designará equipe técnica para verificação. Já a Secretaria de Saúde informou que, até ontem, a unidade de saúde da comunidade não havia realizado nenhum atendimento específico relacionado à emissão da fumaça.

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