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Mulher perde mais de R$ 8 mil em golpe do “falso funcionário”

latrocínio

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Mais um crime conhecido como “golpe do falso funcionário” foi registrado pela Polícia Militar, na manhã desta quinta-feira (1º). Desta vez, uma mulher, de 57 anos, moradora da Zona Norte da cidade, teve prejuízo de mais de R$ 8 mil, depois de acreditar que seu cartão de banco estava sendo usado em outro estado e que precisava bloqueá-lo.

Nas últimas semanas, como a Tribuna vem mostrando, os crimes de estelionato intensificaram-se em Juiz de Fora, e a motivação, segundo especialistas da área, seria a crise econômica que acompanha a pandemia de Covid-19.

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No caso registrado nesta quinta, a vítima, que se identificou como advogada, relatou que, na quarta-feira, por volta das 17h, recebeu uma ligação em seu telefone fixo, na qual uma pessoa disse ser funcionário da agência bancária, onde ela é cliente.

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Tal funcionário explicou à vítima que o cartão de débito dela estaria sendo usado, em São Paulo, para fazer compras, e queria saber se ela seria a responsável pelas transações. A advogada disse que não havia usado o cartão, o que levou o suposto funcionário a orientá-la a ligar para o número que estava no verso de seu cartão, a fim de fazer o cancelamento.

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A vítima fez a ligação e foi direcionada para outros números telefônicos e efetuou o bloqueio do cartão por meio de um atendente virtual e para o qual ela digitou os dados de sua conta.

Segundo a vítima, após o bloqueio realizado, ela recebeu nova ligação telefônica de uma pessoa que se identificou como funcionária do serviço de atendimento da instituição financeira, que também solicitou que ela digitasse alguns dados de sua conta com a senha eletrônica. Conforme a mulher, ela acreditou que estava concluindo a operação de cancelamento solicitada anteriormente e acabou digitando.

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Depois disso, como relatou a advogada, por alguns momentos, seu usuário no aplicativo da agência ficou inoperante, o que fez ela acreditar que, possivelmente, havia sido criado outro usuário com seus dados. Todavia, depois, quando conseguiu ter acesso a sua conta, constatou que foram feitas duas transações bancárias desconhecidas, uma de R$ 4.150 e outra na mesma quantia, totalizando R$ 8.300. Segundo a vítima, sua gerente não conseguiu identificar o destino do valor.

70% das fraudes estão vinculadas à engenharia social

No site, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que os bancos investem R$ 2 bilhões por ano em segurança da informação para garantir tranquilidade e segurança a seus clientes e colaboradores e desenvolvem os mais modernos sistemas, tecnologias e ferramentas destinados a assegurar a autenticidade de transações e operações financeiras. Segundo a entidade, 70% das fraudes estão vinculadas à engenharia social, quando o cliente é induzido a informar os seus códigos e senhas para os estelionatários.

Um exemplo de ataque de engenharia social se dá quando o criminoso liga para a casa do cliente, diz ser do banco e pede para confirmar algumas informações, como dados pessoais e senhas. Ao fornecer informações pessoais e sigilosas, como a senha, o consumidor expõe sua conta bancária e seu patrimônio aos golpistas. Há também casos em que o fraudador se apresenta como um “funcionário do banco” e pede para o cliente realizar uma transferência como um teste.

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A Febraban alerta que os bancos nunca ligam para clientes para realizar transações e que, durante o período de quarentena, as instituições financeiras chegaram a registrar aumento de mais de 80% nas tentativas de ataques de phishing – que se inicia por meio de recebimento de e-mails que carregam vírus ou links e que direcionam o usuário a sites falsos.

A Federação ainda orienta que o banco nunca vai mandar alguém para a casa do cliente para retirar o cartão e que, ao receber uma ligação dizendo que o cartão foi clonado, o cliente deve desligar, pegar o número de telefone que está no cartão e ligar de outro telefone para conferir a veracidade da informação. No caso de SMS ou e-mail do banco com um link, é preciso apagar e ligar para o seu gerente.

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