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Mulher confessa que matou grávida e roubou bebê em Ponte Nova

Policiais civis fizeram a reconstituição do crime nesta quarta-feira (Foto: Leandro Couri/Estado de Minas)
Policiais civis fizeram a reconstituição do crime nesta quarta-feira (Foto: Leandro Couri/Estado de Minas)
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A grávida de 21 anos que teve o bebê arrancado da barriga após ser morta em Ponte Nova foi vítima de uma outra mulher que simulou estar grávida e confessou ontem o crime. A criança passa bem e está sob os cuidados do conselho tutelar da cidade (a 200km de Juiz de Fora). A Polícia Civil esclareceu parte do crime ontem, após uma reconstituição. A suspeita confessou que matou e retirou o filho que Patrícia Xavier da Silva carregava no ventre. Ela alegou que cometeu o crime porque simulou para o marido que estava grávida e temia o fim do relacionamento, caso ele descobrisse a verdade. Ela foi encaminhada para o presídio de Ponte Nova, após a Justiça decretar sua prisão temporária por 30 dias. Dois homens também foram presos, mas a participação deles no crime ainda será investigada.

Conforme as investigações, a suspeita simulou uma gravidez nos últimos nove meses. Na última sexta-feira, ela teria abordado Patrícia na saída do Hospital Nossa Senhora das Dores, onde a vítima acabava de sair de uma consulta. A suspeita, que trabalhava como cuidadora de idosos e já conhecia Patrícia, teria dito queria doar roupas e um berço para a grávida. A vítima então foi atraída para um prédio abandonado onde já funcionou um hospital, no Bairro Vale Verde, do outro lado da cidade. Neste local, a suspeita contou à polícia que se armou com um pedaço de madeira, amarrou Patrícia com uma bolsa e a levou até a antiga lavanderia do prédio. Lá, Patrícia foi golpeada na cabeça com o pedaço de madeira e ficou desacordada. A suspeita então usou uma lâmina de barbear para abrir a barriga da vítima e roubar o bebê.

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Ainda envolvida na placenta, a criança foi enrolada em alguns panos. A suspeita disse que embarcou em um táxi e foi para casa. No imóvel, ela ligou para o marido e disse que estava tendo contrações. Ela orientou que ela chamasse o Corpo de Bombeiros. Quando os militares chegaram, a suspeita estava com o bebê de Patrícia nas mãos, e disse que teria dado à luz sozinha, em casa. Ela foi encaminhada até um hospital, onde recebeu atendimento e foi liberada ainda na sexta-feira. Porém, os médicos desconfiaram que a mulher poderia não ter verdadeiramente dado à luz à criança.

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O corpo de Patrícia foi encontrado somente na terça-feira. Ontem, a Polícia Civil relacionou os dois casos – da grávida morta e da falsa grávida – e chegou até a suspeita. À tarde, ela confessou o crime e foi conduzida até o local para que a reconstituição fosse feita. “O objetivo da reconstituição é avaliar se ela poderia ou não praticar todos os atos sozinha”, informou o delegado responsável pelas investigações, Silvério Rocha. A Polícia Civil ainda aguarda os laudos de local e de necropsia para concluir se a suspeita realmente agiu sozinha. O marido dela teria alegado que não desconfiou que a mulher não estivesse grávida, embora ela não apresentasse os sintomas típicos de uma gravidez. Testemunhas ainda serão ouvidas antes da conclusão do inquérito.

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