Centenas de pessoas estiveram nesta quinta-feira (1º) na Delegacia de Trânsito de Juiz de Fora para tentar regularizar a sua situação do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) 2017. A partir de agora, quem for flagrado sem o documento poderá ser multado em R$ 293,47, levar sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e ter o veículo apreendido. A infração é considerada gravíssima. A cobrança já está sendo feita em blitz da Polícia Militar (PM) e vale para proprietários de veículos com placas de final de 1 a 5. Para os veículos com placas de final 6, 7, 8, 9 e 0, o documento será cobrado a partir do dia 1º de julho.
Mesmo com o pagamento de todas as taxas em dia, muitos proprietários reclamaram que não tiveram o documento entregue no seu endereço. Este é o caso da estudante Quívia Brena da Silva. Ela afirma que o seu veículo com final de placa 3 não tem multas e está com IPVA, Seguro Obrigatório e Taxa de Licenciamento quitados desde o início do ano. No entanto, o documento não chegou em sua casa. “Vim ver o que aconteceu, pois paguei tudo antes mesmo do vencimento. Como começaram a cobrança, fiquei preocupada”, destaca a estudante. Ele reclama que, apesar de o atendimento na delegacia ser através de senhas, a demora foi grande, pois havia 53 pessoas para serem atendidas na sua frente.
De acordo com a Delegacia de Trânsito, os atrasos na entrega dos documentos aconteceram em decorrência da paralisação dos Correios entre os meses de março e abril. O vendedor João Soares também teve que aguardar por um longo tempo para pegar o CRLV 2017 da sua motocicleta, que tem o final de placa 2. Segundo João, apesar da orientação para conferir a existência ou não de alguma pendência do veículo no site do Detran, ele preferiu ir até a delegacia. “Fico com medo de ser parado em uma blitz e me cobrarem o documento. Mesmo sabendo que paguei tudo, como vou provar? Será que os policiais iriam entender que paguei? Depois que pegam e levam o veículo para o pátio do Detran, o custo é bem maior, por isso preferi vir aqui.”