Em apoio aos professores e funcionários do Instituto Metodista Granbery, que sofrem com atrasos no pagamento desde dezembro do ano passado, alunos da instituição e seus familiares promoveram manifestações pela manhã e à noite desta segunda-feira (1º de abril), em frente à instituição. Pela manhã, os estudantes do curso de Direito se reuniram na porta do centro educacional, na Rua Sampaio, e fecharam a via, carregando cartazes e proferindo palavras de ordem.
Em nota, o Granbery informou que os pagamentos dos salários dos docentes do colégio estão em dia, mas confirmou atrasos dos demais funcionários e dos professores da faculdade. A promessa era regularizar a situação ainda nesta segunda. No entanto, até por volta das 18h40 desta segunda, de acordo com os próprios acadêmicos e com representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro), os docentes do ensino superior ainda não haviam recebido seus vencimentos do mês de fevereiro. A instituição havia comunicado, por meio de nota, que até o fim da segunda faria o pagamento.
De acordo com uma estudante do 7º período do curso de Direito da instituição, os alunos ficaram cientes da situação por meio de sindicatos, já que a direção da instituição estaria “sendo reticente”. “Nós resolvemos fazer algo por eles porque, sem perceber, estávamos sendo coniventes com a situação, já que isso não estava sendo comunicado para nós porque a Rede [Metodista de Educação] não estava deixando os professores nem os funcionários passar isso para os alunos”, conta.
Em 2016, a Rede Metodista de Educação passou por uma série de ajustes organizacionais que, no entendimento dos estudantes, é uma das causas para as questões financeiras envolvendo a instituição. Outra estudante do 5º período de Direito afirmou durante o protesto à noite: “Surpreendemos a direção com a manifestação que aconteceu pela manhã, e eles se reuniram e disseram que o pagamento seria feito hoje. Mas até agora nada. Estamos achando que foi para dissipar a manifestação e enfraquecer o ato de agora à noite, mas isso não vai acontecer, todos os alunos estão ao lado dos professores.”
Pais também estiveram no ato
Mãe de três alunos do ensino fundamental, Marise Elerati, solidarizou-se à causa. Embora os professores do colégio tenham recebido os salários entre a última sexta-feira e esta segunda, ela diz que é inadmissível que a administração do Instituto continue atrasando os salário dos funcionários e professores.”Nós pais somos totalmente à favor da manifestação. Nossos filhos não podem ter professores que não recebem, isso impacta na qualidade do ensino e na sobrevivência dos professores. Por isso também estamos arrecadando alimentos para doar a eles”, disse.
Pai de aluno do ensino médio, o ex-granberiense Josué dos Santos Pinto também lamentou a situação. Ele disse que todos os pais estão preocupados com a administração do Instituto, cuja gestão tem impactado na qualidade do ensino e que é um direito dos estudantes terem aulas e uma educação de qualidade, o que inclui a valorização dos funcionários.
Granbery reconhece atrasos
Em nota, encaminhada ao jornal no final da manhã desta segunda-feira, o Instituto Metodista Granbery informou que os salários de todos os docentes do Colégio Metodista Granbery estão em dia. Entretanto, confirmou atrasos dos pagamentos dos demais funcionários e professores da faculdade. “Os pagamentos serão realizados ainda hoje, dia 1º de abril de 2019, antes do prazo limite comunicado aos colaboradores.”
“A Educação Metodista lamenta a situação e informa que está trabalhando continuamente para evitar futuros atrasos. Reforçamos nosso compromisso de crescer e melhorar a cada dia na cidade de Juiz de Fora, como vem acontecendo neste ano de 2019, fazendo valer o grande nome de nossas instituições na cidade.”