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Impasse em contratação de professores na rede estadual vira caso de polícia

Contratacao professores
Situação indignou professores que compareceram no IEE nesta quarta (Foto: Arquivo Pessoal)
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O processo de designação para professores de apoio para a educação especial na rede estadual, que aconteceu nesta quarta-feira (31), no Instituto Estadual de Educação, Escola Normal, terminou em confusão entre os docentes e a representante da Secretária de Educação do Estado (SEE-MG). Segundo os professores que estavam no local, a chamada teria sido encerrada antes que todas as vagas fossem preenchidas – mesmo com profissionais aguardando a seleção no local desde às 8h30. A Polícia Militar (PM), inclusive, foi acionada.

Uma docente, que prefere não ter o nome divulgado, por temer represálias, relatou que na quarta, por volta das 17h30, a representante da pasta estadual deu por encerrado o processo de designação. A justificativa, segundo o relato, era de que havia sido combinado, internamente, que o processo seria finalizado neste horário. A situação indignou quem aguardava pelo processo no local.

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À polícia, a responsável pelo processo seletivo declarou que, em vista do grande número de participantes, não seria possível atender a todos e nem preencher todas as vagas. Ela ainda acrescentou na declaração que consta no Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), ao qual a Tribuna teve acesso, que o processo se deu como encerrado e que não seria retomado nesta quinta. Desta forma, um novo edital seria aberto para as vagas remanescentes.

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Frente à negativa, os professores teriam solicitado a ata de fechamento do processo, para assegurar a legitimidade da ação, tal como é feito durante a ata de abertura. O documento que poderia ser considerado comprobatório, entretanto, não foi entregue à categoria. Diante disso, os professores que aguardavam se revoltaram e acionaram a Polícia Militar.

Em comunicado, os docentes destacam que se sentiram “desrespeitados e com direitos violados”. “Os professores que permaneceram na Escola Normal chamaram a polícia, registraram um boletim de ocorrência, e acionaram a Superintendência Regional de Ensino (SRE-JF), cobrando explicações e uma solução adequada para a situação.”

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Secretaria avalia convocação

A Tribuna procurou a Secretaria de Estado de Educação de Minas, que, em nota, comentou sobre os percalços da chamada presencial de convocação temporária. “A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informa que está apurando a situação e irá avaliar quais medidas cabíveis poderão ser tomadas para não prejudicar nenhum candidato, garantindo isonomia e transparência no processo de convocação temporária”, pontuou o texto.

Também procurado pela reportagem, o presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), José Deniac Malaquias, comentou que a entidade acompanha o processo, que não é o ideal para a categoria. “Para que essa situação seja resolvida e professores não tenham mais que passar por essa situação e pela precariedade do vinculo temporário, o sindicato defende que haja concurso público e nomeações para os cargos que estavam sendo ofertados nesta designação.”

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