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Janeiro é o mais seco em 48 anos

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Foto: Arquivo Tribuna/Fernando Priamo

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Janeiro de 2019 terminou como o mais seco em Juiz de Fora desde 1971. Dados históricos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que o acumulado de precipitações no mês foi de 84,3 milímetros, índice maior apenas que o observado há 48 anos, com 45,8 milímetros. Além disso, os últimos dias foram marcados por uma forte onda de calor, que chegou ao ápice no último dia do mês, na quinta-feira (31), quando os termômetros registraram 33,8 graus. A temperatura mais alta do mês de janeiro, no entanto, já foi batida no primeiro dia de fevereiro. Nesta sexta-feira, o Inmet registrou a marca de 34 graus, temperatura exatamente igual ao dia 10 de fevereiro de 2016, dia mais quente na cidade nos últimos quase três anos. Uma frente fria se aproxima da região Sudeste e pode trazer instabilidade a partir de segunda-feira (4).

A onda de calor que tira o sono dos juiz-foranos é causada por uma forte massa de ar seco e quente que chegou a atuar em praticamente todo o país no início deste ano. Por causa dela, os termômetros do Inmet, instalados no Campus da UFJF, marcaram temperaturas superiores a 30 graus durante 20 dias do mês, sendo 12 consecutivos. Em outras áreas da cidade, porém, os valores podem ter sido superiores. Estudo já feito pela própria universidade aponta que em alguns pontos do município as temperaturas chegam a ficar até 7 graus acima do marcado pelo Inmet. Este é o caso, por exemplo, da Avenida Getúlio Vargas, onde um termômetro não oficial, instalado na interseção com a Rua Batista de Oliveira, ultrapassou mais de uma vez a marca dos 40 graus.

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De acordo com o meteorologista Cleber Souza, do 5º Distrito do Inmet, a massa de ar seco e quente funciona como um bloqueio atmosférico, que impede a entrada das frentes frias, responsáveis pela instabilidade no tempo. “As altas temperaturas e o baixo volume de precipitações foram observados em Minas Gerais inteira. Belo Horizonte terminou também com 26% das chuvas previstas. Não é um fato atípico, mas a onda de calor foi maior que a observada nos últimos anos.”

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Fim de semana quente

O fim de semana ainda será de altas temperaturas em Juiz de Fora e toda a região da Zona da Mata. De acordo com informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a massa de ar seco e quente permanece em atuação, deixando os termômetros com índices elevados e afastando a possibilidade de chuvas. As precipitações, caso ocorram, estarão limitadas a eventos de curta duração em áreas isoladas.
Para sábado (2) e domingo (3), o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) prevê calor acentuado em Juiz de Fora, com máxima oscilando entre 32 e 34 graus. A mínima também continua elevada, e as madrugadas poderão registrar até 24 graus.

Frente fria se aproxima da região

A condição no tempo deve mudar a partir de segunda-feira (4), em toda Minas Gerais, por causa da aproximação de uma frente fria. De acordo com o Inmet, o sistema meteorológico ganha força no Sul do país e será o responsável por desarmar a massa de ar seco e quente na região. Com isso, os juiz-foranos deverão observar declínio acentuado na temperatura, principalmente na máxima, que não deverá passar dos 24 graus a partir de terça-feira (5). A mínima também cai e deverá ficar entre 16 e 18 graus. Chuvas são esperadas a qualquer momento ao longo da próxima semana.

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Notícias falsas

Boatos que circulam através das redes sociais apontam que uma onda de calor histórica deverá atingir o Sudeste brasileiro no mês de fevereiro. Nesta sexta-feira, o Inmet desmentiu a informação, caracterizando-a como notícia falsa. Conforme o instituto, tal notícia “não procede, não possui qualquer fundamento técnico/científico e nenhuma base de estudo ou pesquisa climatológica ou de previsão climática”. O Cptec também emitiu nota oficial sobre a propagação da notícia falsa. De acordo com o centro, “não há previsão que concorde com essa notícia, nem base de dados que corrobore com a previsão citada para o mês de fevereiro”.

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