A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) publicou uma nota no Facebook em repúdio à minissérie “Justiça”, transmitida pela Globo. O órgão acusa a minissérie de estimular o desrespeito à Polícia, com um personagem policial no papel de vilão. A autoria é do coronel Oderlei Santos, Coordenador de Comunicação Social da instituição. No texto, o coronel defende a figura do profissional na sociedade. “Justamente aquele profissional que defende a sociedade com a própria vida; justamente aquele profissional que zela pela segurança do cidadão; justamente aquele profissional que garantiu a tranquilidade dos Jogos Olímpicos”.
Na trama, o personagem Douglas (Enrique Diaz) é um policial militar que planta drogas na casa de sua vizinha Fátima (Adriana Esteves) como vingança por ela ter matado seu cachorro. “Esse tipo de programa (…) deseduca o cidadão.”, diz a nota. “O que estará pensando a viúva ou um órfão de um Policial, herói de verdade, que perdeu sua vida no combate ao crime? O que estará pensando o filho de um Policial, herói de verdade, que ficou paraplégico na luta contra o crime?”, questiona o coronel.
A instituição pede que telespectadores mudem de canal em forma de protesto à minissérie: “Aos Policiais Militares e seu Familiares é sugerido que façam o que de melhor pode ser feito diante de um programa de péssimo gosto e pouca criatividade: MUDEM DE CANAL”.
Segundo informações da Agência Estado, o departamento de comunicação da Globo anunciou em nota que a produção “não tem intenção de ofender qualquer profissão ou instituição”. “Justiça é uma obra de ficção – o que é sinalizado ao final de cada capítulo – e não tem a intenção de ofender qualquer profissão ou instituição. A minissérie não é sobre a polícia. A trama é sobre quatro histórias independentes que se conectam e que têm em comum um fato dramático acontecido em uma mesma noite de 2009.”