O Ministério da Saúde decidiu suspender o contrato para comprar 20 milhões da vacina indiana Covaxin, fabricada pelo laboratório indiano Bharat Biothec. A decisão ocorre após o presidente Jair Bolsonaro ser alvo de uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de prevaricação.
Senadores apontam que o presidente ignorou suspeitas de corrupção no processo de contratação do imunizante, que foi intermediado pela Precisa Medicamentos. O acordo do Ministério da Saúde com a Precisa foi assinado em 25 de fevereiro e prevê pagar R$ 1,6 bilhão. O valor por dose (US$ 15) é o mais caro dos seis imunizantes que o país comprou até agora. O Estadão apurou que a decisão do Ministério da Saúde ocorreu após um parecer da Controladoria-Geral da União (CGU) sugerindo a suspensão do contrato.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse ontem que o pedido de prorrogação do funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid só poderá ser analisado ao fim do prazo de 90 dias de funcionamento da comissão. “A Presidência considera que essa análise deve ser feita ao final do prazo de 90 dias da Comissão Parlamentar de Inquérito. E, por certo, será feita nessa ocasião”, disse, durante a sessão plenária. A afirmação de Pacheco foi dada em resposta a uma questão de ordem apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que defendeu um prazo maior para que os trabalhos da comissão possam ser concluídos. Pacheco resiste à pressão para prorrogar o prazo da CPI. Ele pretende esperar e avalia consultar os líderes partidários da Casa para decidir sobre o adiamento.