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Prefeituras alertam para risco de inundações pelo Rio Paraopeba

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Lama proveniente do rompimento da barragem de rejeitos da Vale, em Brumadinho. (Foto: Agência Brasil / Divulgação Corpo de Bombeiros

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Municípios cortados pelo Rio Paraopeba estão fazendo alertas para a população ribeirinha sobre o risco de inundações depois do rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Vale, em Brumadinho. Em Juatuba, agentes da Defesa Civil estão fazendo visitas casa a casa em áreas perto do rio para orientar os moradores sobre a necessidade de deixar o local caso o nível da água suba. De acordo com a prefeitura do município, a ação é realizada nos bairros Francelinos e Satélite.

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Em sua página no Facebook, a prefeitura de Esmeraldas emitiu um alerta para as comunidades de Padre João, Vista Alegre, Taquara, São José e demais localidades próximas ao rio. “O curso d’água do Rio Paraopeba deve ser atingido e pode oferecer risco de contaminação da água e de acidentes que possam atingir a população ribeirinha”.

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Em Betim, as atividades do 26º Concerto contra o Preconceito que seriam realizadas nesta sexta foram canceladas. O prefeito Vittorio Medioli publicou um vídeo falando sobre a possibilidade de inundação nas regiões às margens do rio. “As equipes da Prefeitura de Betim também estão na região para prevenir possíveis transtornos e consequências devido ao vazamento”, informou em um post nas redes sociais.

Houve ‘inúmeras denúncias’ sobre Brumadinho, diz movimento

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) lamentou, em nota, o ocorrido, “que coloca em risco vidas humanas e o meio ambiente”, e disse temer que o problema afete o abastecimento de famílias que vivem em 48 municípios da Bacia do Rio Paraopeba.

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Segundo o movimento, “inúmeras denúncias” foram feitas em razão do risco de rompimento de barragens do complexo, “e ainda assim a Mina Córrego do Feijão teve sua ampliação aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental em dezembro do ano passado”.

A cidade está um “pandemônio”, relata moradora de Brumadinho

Após rompimento da barragem, moradores procuraram se abrigar nas áreas mais altas da cidade e ter informações sobre familiares e conhecidos que estavam próximos ao local. “A cidade está um pandemônio. As pessoas estão muito assustadas”, relata Genilda Dalabrida, dona de um restaurante na cidade.

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Genilda disse que os moradores estão acompanhando os resgates e procurando familiares, amigos e conhecidos que estavam próximos ao local e podem ter sido atingidos. “Você vê pessoas com celular na mão, tentando falar com família”, disse. Genilda relata que está tentando encontrar o ex-marido, que trabalhava no local, mas ainda não conseguiu contato.

De acordo com Genilda, além desse esforço, moradores estão buscando se deslocar para regiões mais seguras, nas áreas mais altas da cidade. Os donos de estabelecimentos no Centro estão fechando as lojas. “A preocupação é quem não está lá ir para locais seguros. Minha funcionária foi, voltou, e disse que a água estava baixa. Ela contou que vai para a casa da sogra, em um distrito mais alto”.
O restaurante de Genilda fica em um local na área mais alta. Ela chamou amigos para se abrigarem lá. “Nós estamos seguros porque não estamos perto do rio. Tem muito lugar para espalhar até chegar aqui, não temos risco”, disse

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