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Ao lado de Guedes, Bolsonaro fala em ‘confiança absoluta’ e defende Auxílio Brasil

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes em solenidade foto Marcos Correa
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Em meio às especulações de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, poderia até mesmo deixar o cargo ainda nesta sexta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro fez, no período da tarde, uma declaração ao lado do ministro bancando a continuidade do trabalho da pasta. “Como é de praxe, de vez em quando, visito Paulo Guedes, pessoa que conheci antes das eleições. Nós nos entendemos muito bem, tenho confiança absoluta nele e Guedes entende as aflições que o governo passa”, afirmou Bolsonaro, após reunião no gabinete do ministro. “Entendemos que a economia está ajustada, não existe solavanco ou descompromisso de nossa parte”, enfatizou.

Bolsonaro fez nova defesa do Auxílio Brasil em R$ 400, que levou às alterações no teto de gastos que culminaram com a saída de quatro secretários da Economia na quinta-feira.

“O tíquete médio do Bolsa Família hoje é de R$ 192, o que é insuficiente. Com responsabilidade, vínhamos estudando há meses essa questão, e chegou-se um valor. Deixo claro que o valor decidido por nós tem responsabilidade, não faremos nenhuma aventura. Não queremos colocar em risco nada no tocante à economia”, prometeu o presidente.

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Mais uma vez, Bolsonaro tentou jogar a culpa da crise econômica atual nas medidas de isolamento social impostas por governadores e prefeitos para reduzir a curva de contágio e óbitos durante a pandemia de Covid-19. “Muitas medidas tomadas no ano passado abalaram a economia, com a política do fique em casa, a economia a gente vê depois”, reafirmou.

O presidente lembrou que o governo gastou mais de R$ 300 bilhões em 2020 para pagar o auxílio emergencial a mais de 68 milhões de brasileiros – chamados de invisíveis pela equipe econômica.

Ele destacou ainda a criação de empregos com carteira assinada a partir do segundo semestre do ano passado, com mais de 2 milhões de novas vagas em 2021. “A economia realmente voltou em ‘V’ como falava o ministro Paulo Guedes. Mas temos um legado ainda da política do fique em casa, tem muita gente passando necessidade, com problemas. Agravou-se a questão a inflação, chegando a dois dígitos, isso não é exclusivo do Brasil, o mundo todo vive isso”, argumentou.

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Bolsonaro alegou mais uma vez que o Brasil é um dos países que menos sofre na economia atualmente e citou projeções de crescimento de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

Auxílio aos caminhoneiros

O presidente ainda defendeu  o auxílio de R$ 400 até o fim de 2022 para ajudar os caminhoneiros a suportarem o custo do aumento do diesel e voltou a falar de aumento no preço de combustíveis. “Sabemos que estamos na iminência de um mais um reajuste de combustíveis e, quando isso vai para o diesel, influencia diretamente na inflação. O caminhoneiro que transporta cargas pelo Brasil merece ter uma atenção da nossa parte. Foi decidido então um auxílio aos mesmos que custará menos de R$ 4 bilhões por ano, também previstos no orçamento”, afirmou Bolsonaro, após encontro na sede do Ministério da Economia.

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O presidente reconheceu que a Petrobras deve voltar a elevar os preços dos combustíveis nas refinarias nas próximas semanas.

“Não temos bola de cristal, nós sabemos que aumentando o preço do petróleo lá fora e com a variação do dólar aqui dentro, um reajuste tem que ser cumprido em poucos dias pela Petrobras”, acrescentou o presidente da República.

Bolsonaro ainda voltou a reclamar que tudo que acontece com a Petrobras é colocado como sua responsabilidade. “Indicamos presidente, mas não temos ascendência sobre ela. A Petrobras é auditada e fiscalizada por quase uma dezena de órgãos. Não existe da nossa parte um congelamento de preços, sabemos que as consequências (de um congelamento) são piores que o aumento de preços em si”, concluiu.

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