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Mulher é denunciada por intolerância religiosa ao associar tragédia no RS a religiões de matriz africana 

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Uma mulher de 43 anos, moradora de Governador Valadares, foi denunciada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pela prática e incitação de intolerância religiosa por associar a causa da tragédia no Rio Grande do Sul a religiões de matriz africana. Em caso de condenação, a pena pode ser de dois a cinco anos de reclusão, além de multa.

No dia 5 de maio deste ano, a mulher publicou um vídeo em sua rede social com afirmações discriminatórias e preconceituosas, de acordo com o MPMG. Entre várias frases com este cunho, ela teria dito: “Eu não sei se vocês sabem, mas o estado do Rio Grande do Sul é um dos estados com maior número de terreiros de macumba. Alguns profetas já estavam anunciando sobre algo que ia acontecer no Rio Grande do Sul, devido à ira de Deus mesmo”.

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Publicado em um perfil público e com quase de 32 mil seguidores, o vídeo foi compartilhado por diversas páginas na internet e chegou a três milhões de visualizações.

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Na denúncia, a promotora de Justiça Ana Bárbara Canedo Oliveira afirma que, ao publicar o vídeo em um perfil público, com milhares de seguidores, além de praticar o crime, a mulher também induziu outras pessoas à discriminação, ao preconceito e à intolerância contra as religiões de matriz africana.

A promotora de Justiça pediu ainda, como medidas cautelares, que a mulher fique proibida de sair do país sem autorização judicial e de fazer novas postagens sobre religiões de matriz africana ou com conteúdos falsos relacionados à tragédia no Rio Grande do Sul.

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