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Aécio pediu R$ 2 milhões ao dono da JBS

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O empresário Joesley Batista, dono da JBS, entregou à Procuradoria Geral da República (PGR) uma gravação de áudio em que o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, pede R$ 2 milhões ao empresário, alegando que precisava pagar despesas com sua defesa na operação Lava Jato. A informação foi divulgada pelo colunista do jornal “O Globo”, Lauro Jardim, em sua versão on-line.

A entrega foi feita a um primo de Aécio e filmada pela Polícia Federal (PF), que rastreou o valor e descobriu que foi depositado na conta de uma empresa do senador Zezé Perrella (PSDB-MG). Ainda segundo o Jornal, Aécio e Joesley se encontraram no dia 24 de março no Hotel Unique, em São Paulo. Na ocasião, quando o senador disse que Alberto Toron seria o criminalista que o defenderia, o empresário não se mostrou surpreso, pois segundo o “O Globo”, o nome já havia sido citado pela irmão de Aécio. Ela foi apontada como a responsável pela primeira abordagem ao empresário, via telefone e WhatsApp. As mensagem estão com os procuradores. Contudo, as investigações mostrariam para a PGR que esse não era o verdadeiro objetivo de Aécio.

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Joesley quis saber quem seria o responsável por pegar as malas com os valores. A partir disso, deu-se o seguinte diálogo, de acordo com o jornal: “Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, propôs Joesley. “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara”, respondeu Aécio.

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A partir disso, Aécio Neves indicou seu primo, Frederico Pacheco de Medeiros, que foi diretor da Cemig e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014, para então receber o dinheiro. Quem levou o dinheiro ao primo de Aécio foi o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud. No total, foram realizadas quatro entregas de R$ 500 mil cada. O Jornal O Globo traz ainda a informação que o o dinheiro não teria sido entregue a nenhum advogado. Com a quantia em mãos, Frederico repassou as malas para Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). Ele teria levado a propina de carro para a capital mineira, em três viagens. Em todas elas ele foi seguido pela PF. Mendherson negociou para que os recursos fosse parar na Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho de Zezé Perrella. De acordo com o jornal, não há indicação que o dinheiro tenha ido para Toron.

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