Como muitas cidades do Brasil, Portugal está passando por uma grave crise de incêndios. Desde o domingo (15), o país decretou estado de alerta em todo o território continental até as 23h59 do dia 17 de setembro de 2024 (terça), com 145 focos ativos até a publicação desta matéria. 15 desses incêndios são considerados significativos, com as regiões norte e centro do país sendo as mais afetadas. As condições meteorológicas desfavoráveis, como calor intenso, vento forte e baixa umidade, estão dificultando o controle das chamas.
Mais de 2.000 operacionais e 32 meios aéreos estão envolvidos no combate aos incêndios, mas o comandante nacional de emergência e proteção civil, André Fernandes, alertou que a situação continua complexa e que não há previsões de melhora nas próximas horas desta segunda-feira (16). Os incêndios já causaram danos consideráveis, com várias residências e estruturas afetadas, e 70 pessoas foram evacuadas.
José Silva, juiz-forano que reside em Aveiro, cidade localizada na costa oeste de Portugal, conta em entrevista à Tribuna que os distritos do município estão em situação crítica e para realizar as atividades fora de casa é preciso máscara para respirar confortavelmente. “Estou evitando sair de casa neste momento mais crítico e quero comprar máscaras melhores, com mais filtragem. E realmente há perigo, porque o fogo se alastra rápido, uma moça me falou há pouco que atrás da casa dela havia queimada”, pontua. Além disso, José também comenta que dado a situação os bombeiros estão pedindo ajuda à população, solicitando água, barras de cereais e bebidas energéticas para as pessoas que precisaram sair de suas residências.
Em resposta à crise, Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, solicitando o envio de oito aviões para reforçar os esforços de combate. A Direção-Geral de Saúde recomenda que a população evite atividades ao ar livre e tome medidas para se proteger.
*Estagiária sob supervisão da editora Júlia Pessôa