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Atentado no comício de Trump: apoiador morto era bombeiro e protegeu família com o corpo

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Corey Comperator, o apoiador de Donald Trump morto no atentado ao comício, se jogou na frente da família e usou o próprio corpo como escudo para proteger a mulher e a filha dos tiros que irromperam no evento de campanha em Butler, na Pensilvânia, no último sábado (13).

Corey Comperator, vítima do atentado no comício de Trump (Foto: Reprodução Facebook)

Admirador fervoroso de Trump, Comperator foi descrito na comunidade como um herói. Aos 50 anos, era membro vitalício da companhia de bombeiros voluntários local e, anteriormente, serviu como chefe da corporação.

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“Ele é um herói literal. Ele empurrou sua família para fora do caminho e morreu por ela”, disse o vizinho Mike Morehouse, que decidiu se registrar para votar e pretende escolher Donald Trump em homenagem ao amigo. “Esta é a primeira vez que voto e acho que será em sua memória.”

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Além de Corey Comperator, outras duas pessoas que estavam no comício foram atingidas. David Dutch, 57, e James Copenhaver, 74, ficaram feridos e a condição deles era estável neste domingo.

Randy Reamer, presidente da companhia de bombeiros voluntários no condado de Butler, disse Corey Comperatore era um irmão. “Simplesmente um cara excelente, sempre disposto a ajudar alguém”, lembrou.

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No jardim da frente da casa da família Comperatore, em Butler, um pequeno memorial foi montado com a bandeira dos Estados Unidos e pequenos buquês de flores.

O ex-presidente Donald Trump se solidarizou com os seus apoiadores. “Acima de tudo, quero estender minhas condolências à família da pessoa que foi morta na manifestação”, escreveu o líder republicano em sua primeira publicação após o atentado. “É incrível que um ato como esse possa ocorrer em nosso país.”

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À medida que o apoio à família de Comperatore começou a chegar de todo o país, o presidente Joe Biden e a primeira-dama Jill Biden prestaram suas condolências. “Ele era um pai. Ele estava protegendo sua família dos tiros que estavam sendo disparados e perdeu sua vida”, lamentou o democrata, acrescentando que rezava pela recuperação dos feridos.

Durante o ataque, o ex-presidente Donald Trump foi atingido na orelha e retirado do palco por agentes do Serviço Secreto dos Estados Unidos com o rosto ensanguentado. Depois do atentado, ele chegou a Milwauke, Wisconsin, neste domingo, 14, para a Convenção Nacional do Partido Republicano, que vai oficializá-lo como candidato às eleições, em novembro.

Trump é retirado do palco com rosto sangrando

Ex-presidente discursava na Pensilvânia, Estado-chave na eleição, quando foi surpreendido por disparos. Porta-voz afirma que o líder republicano está ‘bem’

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O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, atirou várias vezes de um telhado a cerca de 130 metros do palco, antes de ser “neutralizado” por agentes do Servido Secreto dos Estados Unidos. Lembrado como um homem quieto e solitário, ele não tinha histórico de problemas mentais, nem demonstrava firmes convicções políticas em postagens nas redes sociais.

Ele usou no ataque um fuzil do tipo AR-15, encontrado ao lado do seu corpo. A arma teria sido comprada legalmente pelo pai de Thomas Matthew Crooks. O FBI acredita que o atirador agiu sozinho e ainda trabalha para determinar a motivação do atentado.

Biden reforça mensagem de união nacional e condena violência

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tentou projetar uma mensagem de união nacional durante pronunciamento à nação no Salão Oval da Casa Branca na noite desse domingo (14). No discurso, Biden voltou a condenar o ataque contra o ex-presidente americano Donald Trump.

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O democrata repetiu boa parte das informações que já havia apresentado mais cedo. Lembrou que as investigações estão em andamento e que as motivações do autor do atentado, Thomas Matthew Crooks, ainda são desconhecidas. “Não sabemos se ele teve ajuda ou apoio, nem se ele comunicou com alguém. Profissionais da lei estão investigando essas questões”, disse.

Biden reiterou que conversou com Trump por telefone no sábado (13) e se disse “grato” pelo fato de o republicano estar bem. Para ele, as divergências em um campanha eleitoral tão importante são “inevitáveis”, mas a política “não deve ser um campo de batalha” O democrata argumentou ainda que a violência jamais será a resposta para as discordâncias e não deve ser normalizadas. “Resolvemos nossas divergências nas urnas, não com armas”, afirmou.

O presidente acrescentou que, nos próximos dias, pretende voltar a expor o contraste entre sua agenda e a do rival, enquanto os republicanos realizam a Convenção Nacional em Milwaukee, no Wisconsin. “Continuarei defendendo democracia, Constituição e Estado de Direito”, destacou.

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