Ícone do site Tribuna de Minas

Projeto orienta banhistas sobre o que fazer ao encontrar animais encalhados na Região dos Lagos

Praia das Conchas em Cabo Frio região dos lagos

Clientes esperaram até duas horas na Praça do Riachuelo na expectativa da viagem a Cabo Frio (Foto: Divulgação/Prefeitura de Cabo Frio)

PUBLICIDADE

Com o período de férias escolares, o turismo na Região dos Lagos aumenta durante o mês de julho, e o encontro com animais como pinguins, aves marinhas e tartarugas nas areias passa a ser cena comum. O Projeto de Monitoramento de Praias da Petrobras (PMP-BC/ES) resgatou em um mês 48 animais, entre eles, cinco pinguins e um albatroz. O projeto, sob responsabilidade do  Instituto Albatroz, tem o objetivo de orientar a população sobre o que fazer ao se deparar com essa situação. 

O projeto monitora 25 praias de Unamar, em Cabo Frio, à Prainha, em Arraial do Cabo, passando pelas praias de Búzios, com uma faixa de 54 quilômetros de litoral. A realização do PMP-BC/ES é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama. O monitoramento é feito diariamente a pé e em quadriciclos, por técnicos e monitores. 

PUBLICIDADE

Quando as aves e as tartarugas marinhas são encontradas vivas pelas equipes de campo, elas são encaminhadas para o Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) da fase de transição, em Araruama, também sob responsabilidade do Instituto Albatroz. Os animais encontrados sem vida também seguem para o CRD, onde são submetidos à necropsia para que a causa da morte seja determinada, quando possível.

PUBLICIDADE

Neste primeiro mês da execução do PMP pela instituição, 48 animais entre aves marinhas e tartarugas foram recolhidos, sendo 17 vivos e 31 mortos. Entre os vivos, estão cinco pinguins-de-Magalhães, que foram resgatados nas areias das praias de Cabo Frio (dois na praia do Forte), Búzios e Arraial do Cabo. Conforme informações do projeto, nesta época do ano, os pinguins estão em migração, em busca de águas mais quentes, e muitas vezes vão parar nas areias das praias por conta de cansaço extremo ou por estarem doentes. Nestes casos – e, também, nos de tartarugas e outras espécies de aves marinhas – os banhistas devem acionar o PMP através do telefone 0800 991 4800. 

Entre os resgatados está também um albatroz, ave que é o símbolo da instituição que, após reabilitado, será reintegrado à natureza, assim como os outros animais em recuperação. No dia 30 de junho, duas aves – um atobá e uma gaivota – marcaram a primeira soltura com o Instituto Albatroz à frente do PMP-BC/ES nas três cidades da região. 

PUBLICIDADE

Os animais que chegam no Centro de Reabilitação e Despetrolização recebem tratamento e são reavaliados para atestar se estão aptos a serem soltos, o que ocorre após a marcação com anilhas metálicas cedidas pelos Centros Nacionais de Conservação e Pesquisa (CEMAVE e TAMAR). Isso permite o acompanhamento caso o animal apareça novamente, mesmo em outra região. 

Em animais mortos, é realizada necropsia para identificar a causa da morte e avaliar se houve interação com atividades humanas, como embarcações, petrechos de pesca ou ingestão de lixo plástico, por exemplo. 

PUBLICIDADE

Sobre o PMP

O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) foi desenvolvido para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural, conduzido pela Coordenação Geral de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Marinhos e Costeiros (CGMAC) da Diretoria de Licenciamento Ambiental (DILIC) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). 

O PMP está inserido em quatro núcleos, atuando nas bacias de Santos, Campos e Espírito Santo (onde está inserida a Região dos Lagos), Sergipe-Alagoas e Potiguar. Eles abrangem o litoral de dez estados, somando três mil quilômetros de costa brasileira.

O projeto tem como objetivo avaliar possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo e gás sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos encontrados mortos. 

PUBLICIDADE

A coleta desses dados fornece informações valiosas sobre essas espécies, contribuindo significativamente para a formulação de políticas públicas voltadas à conservação da biodiversidade marinha. A população também pode participar, acionando as equipes de monitoramento ao avistar um animal marinho vivo ou morto nas praias, através do telefone 0800 991 4800.

Sobre o Instituto Albatroz

O Instituto Albatroz é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que desde 2003 trabalha em parceria com o poder público, empresas pesqueiras e pescadores para a conservação de albatrozes e petréis que se alimentam em águas brasileiras. O Instituto Albatroz coordena o Projeto Albatroz, que atualmente conta com bases em Cabo Frio (desde 2014), Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC) e Rio Grande (RS).

Telefone de contato para acionamento do PMP-BC/ES na Região dos Lagos: 0800 991 4800

PUBLICIDADE

 

Sair da versão mobile