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Temporal no Rio deixa ao menos três mortos

Chuva RIo Ag Brasil
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Um temporal que atingiu o Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (8), causou pelo menos três mortes, alagou ruas, derrubou árvores e destruiu carros em vários bairros. A Polícia Militar confirmou que uma pessoa morreu na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, Zona Sul da cidade. Segundo relatos, um homem que estava na garupa de uma moto acabou derrubado pela correnteza e foi arrastado pela água. Quando o alagamento na via diminuiu, o corpo foi encontrado preso embaixo de um carro.

No Morro da Babilônia, na Zona Sul, o Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro em um soterramento e informou que duas mulheres adultas, ainda não identificadas, morreram. As equipes continuam no local em busca de outras possíveis vítimas

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A força da água causou o desabamento de mais um trecho da Ciclovia Tim Maia, que liga o Leblon, na Zona Sul, à Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Desta vez, a parte que caiu fica próxima ao bairro de São Conrado. O desabamento ocorreu por volta das 22h, quando a via já estava fechada. Desde que foi inaugurada, em 2016, a estrutura já sofreu quatro desabamentos. O mais grave deles ocorreu logo após a inauguração, quando uma ressaca no mar derrubou uma parte da pista, matando duas pessoas.

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A cidade entrou em estágio de atenção às 18h35 e às 20h55 passou para o estágio de crise – o mais grave de três níveis de risco, segundo a escala usada pela Prefeitura. Segundo a administração, em quatro horas choveu mais do que nos dias 6 e 7 de fevereiro, quando as precipitações causaram a morte de seis pessoas.

 

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Falta ‘histórica’ de investimento colabora para estragos, diz Crivella

No início da manhã desta terça-feira (9), mais de 12 horas após o início das chuvas, o prefeito Marcello Crivella (PRB) concedeu entrevista coletiva pedindo para que a população evite sair às ruas. Além da grande quantidade de chuvas em curto período de tempo, Crivella disse que a falta de investimento “histórica” na cidade e a falta de ajuda do governo federal colaboram para os estragos.

“Temos milhares de famílias morando em áreas de risco, temos todos os rios e lagos poluídos, 11 mil quilômetros de estradas que precisam ser asfaltadas, 750 mil bueiros entupidos”, discursou o prefeito, que alega falta de recursos. “Nossas parcerias com o governo federal, nesse primeiro ano de governo Bolsonaro, praticamente pararam”, sustentou, afirmando que até mesmo contratos que foram assinados no ano passado, na gestão de Michel Temer, dependem de autorização do atual governo para serem colocados em prática.

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As aulas da rede municipal de ensino foram suspensas. “Decretamos feriado nas escolas e pedimos para que ninguém que não precisa saia às ruas. As chuvas que caíram são anormais, nenhum de nós esperava um volume desses”, disse Crivella durante entrevista no Centro de Operações Rio (COR).

Crivella informou ainda que as regiões mais afetadas foram as zonas sul e oeste, e que deslizamentos graves só foram observados no morro da Babilônia, no Leme. Segundo ele, 785 pontos da cidade estão sem luz e algumas das principais vias da cidade foram fechadas por segurança, como a Grajaú-Jacarepaguá e o Alto da Boa Vista.

Ainda de acordo com o prefeito, cinco mil funcionários do município estão nas ruas na manhã desta terça trabalhando para minimizar os estragos causados pela chuva. Crivella diz acreditar que a situação irá se normalizar nas próximas horas, mas ainda insistiu para que a população evite sair às ruas – e, caso isso seja necessário, que utilize o transporte público.

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O governador do Estado, Wilson Witzel (PSC), decretou ponto facultativo na região metropolitana do Rio e cancelou sua agenda externa, enquanto as aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também foram suspensas.

 

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