A rejeição ao presidente Jair Bolsonaro atingiu o mais alto índice desde o início de seu mandato. O dado diz respeito a pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (8). Segundo o levantamento, 51% dos eleitores classificam a gestão do Governo como ruim ou péssima, sendo este o pior resultado registrado nos 13 levantamentos feitos pelo instituto desde 2019.
A mesma pesquisa realizada no dia 11 de maio deste ano mostrava que a aprovação de Bolsonaro era de 45%. A curva ascendente do chefe do Executivo teve início em 8 de dezembro, quando o número de rejeição bateu 32%. A taxa de ótimo ou bom se manteve estável, com 24% desde de maio e o percentual de quem acha o Governo Bolsonaro regular caiu de 30% para 24%.
De acordo com a pesquisa, a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi feita de forma presencial em 146 municípios nos dias 7 e 8 de julho. Responderam ao questionário 2.074 pessoas acima de 16 anos.
Rejeição histórica
A rejeição a Bolsonaro é histórica, só perde para a de Fernando Collor, que, em 1992, enfrentava 68% de pessoas avaliando seu Governo como ruim ou péssimo. Fato ocorreu meses antes de renunciar para evitar o processo de impeachment.
O Datafolha ainda revela que a maior parte de reprovação é dada por eleitores que ganham até dois salários mínimos, para 54% dessa parcela o Governo é ruim ou péssimo. No Nordeste, a rejeição atinge 60%. De maneira geral, as mulheres reprovam mais o Governo, 56% delas avalia como ruim ou péssimo.
Aqueles que consideram o desempenho de Bolsonaro como positivo têm mais de 60 anos (32% classificam como ótimo ou bom) e ganha entre 5 e 10 salários mínimos (34%). Entre os moradores do Centro-Oeste, 34% aprovam o Governo.