
Em mais de um século de história, o Prêmio Nobel não laureou nenhum brasileiro em suas seis categorias (Medicina, Física, Química, Literatura, Paz e Economia). Ao longo desse período, cientistas do país foram lembrados por comitês e pares, com destaque para o físico César Lattes, indicado sete vezes entre 1950 e 1956. Em 2025, o escritor Milton Hatoum apareceu entre os cotados ao Nobel de Literatura em listas de apostas internacionais.
Em 1950, o Nobel de Física foi concedido ao britânico Cecil Powell “pelo desenvolvimento do método fotográfico de estudo de processos nucleares e pela descoberta de mésons por esse método”. Powell chefiava o grupo da Universidade de Bristol responsável pelas pesquisas, do qual Lattes fazia parte. Em 1947, Lattes descreveu o méson pi em artigo na Nature assinado com colegas de laboratório. A identificação da partícula abriu caminho para o avanço da física de partículas.
Outros brasileiros também receberam indicações formais. O médico Manoel de Abreu (1946, 1951 e 1953) foi lembrado pelo desenvolvimento da abreugrafia, exame que ampliou o diagnóstico precoce da tuberculose por ser rápido e de baixo custo. O sanitarista Carlos Chagas (1913 e 1921) foi indicado por elucidar todo o ciclo da doença que leva seu nome e por pesquisas sobre malária.
Na Física, Mario Schenberg recebeu indicação em 1983. Um dos principais nomes da física teórica no país, contribuiu para a astrofísica e colaborou com Enrico Fermi, George Gamow e Subrahmanyan Chandrasekhar (laureado naquele ano). Na Química, a agrônoma Johanna Dobereiner foi indicada em 1997 por pesquisas em fixação biológica de nitrogênio, fundamentais para a expansão da produção de alimentos e para o Programa Nacional do Álcool. Em 1999, o químico Otto Gottlieb foi indicado por estudos sobre a estrutura química de plantas, que ajudaram a avaliar a preservação de ecossistemas brasileiros.
Há ainda nomes frequentemente cotados, embora sem indicação formal. O médico Vital Brazil, fundador do Instituto Butantan, desenvolveu soros contra venenos de animais peçonhentos. O sanitarista Oswaldo Cruz liderou campanhas contra febre amarela, peste bubônica e varíola. Também foram citados em projeções os médicos Maurício Silva e Sérgio Ferreira, por pesquisas que identificaram um composto vasodilatador no veneno da jararaca.
Texto reescrito com o auxílio do ChatGPT e revisado por nossa equipe com informações do Estadão Conteúdo