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Mau tempo interrompe buscas por avião com brasileiros que desapareceu na Argentina

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As buscas aéreas pelo avião de pequeno porte com três brasileiros a bordo, que desapareceu após decolar de El Calafate, na Argentina, foram interrompidas nesta quinta-feira (7) devido ao mau tempo na região. De acordo com a Empresa Argentina de Navegação Aérea, controladora do tráfego da aviação no país, elas serão retomadas tão logo as condições do tempo permitam. A procura por terra e pelo mar continuava no fim da tarde no horário local, com previsão de que fossem suspensas à noite.

Os ocupantes, o empresário Antonio Carlos Castro Ramos, o advogado Mário Pinho e o médico Gian Carlos Nercolini, tinham participado de um show aéreo em Comodoro Rivadavia, na Província de Chubut, a 1,7 mil quilômetros de Buenos Aires. O avião deveria pousar em Trelew, na mesma região, mas não chegou a esse destino.

Conforme a Defesa Civil argentina, quando houve a perda de contato com a aeronave, chovia com bastante intensidade na região, mas isso não chegava a ser impedimento para o voo. O avião sobrevoava uma região entre o mar e a costa. O último contato foi registrado no Centro de Controle da Área Comodoro Rivadavia (ACC). Após várias tentativas de comunicação com a tripulação, o órgão comunicou o alerta ao Serviço de Busca e Salvamento.

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De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil brasileira, o avião de prefixo PP-ZRT, modelo RV-10 não estava apto a voar por instrumentos, apenas com o campo visual. A região de Chubut estava em alerta amarelo emitido pelo Serviço Meteorológico Nacional da Argentina, devido às condições climáticas, com previsão de chuvas fortes combinadas com rajadas de vento. A aeronave, fabricada em 2016, está registrada em nome de Antonio Carlos de Castro Ramos e se encontra em situação normal de operação.

Um equipamento de salvaguarda que auxilia no resgate de aviões em casos de acidentes não chegou a ser acionado pelos ocupantes do avião desaparecido. O aparelho, conhecido pela sigla ELT, é um localizados de emergência acionado automaticamente quando acontece um impacto, mas que pode também ser ligado pelo piloto. Conforme a Empresa Argentina de Navegação Aérea (Eana), órgão de controle do tráfego aéreo naquele país, não houve captação de nenhum sinal emitido pelo avião, o que indica o não acionamento do aparelho.

A filha de Gian Carlos, a médica veterinária Nicole Nercolini, viajou com outros parentes para a Argentina na tarde desta quinta para acompanhar as buscas pelo avião. Ela é sócia de uma clínica veterinária em Blumenau, interior de Santa Catarina. Mais cedo, em entrevistas, Nicole disse que a família tentou convencer Gian Carlos a não fazer a viagem, mas ele não desistiu da programação. Familiares do empresário, mais conhecido como Toninho Ramos, também viajaram para a Argentina para acompanhar de perto o desenrolar das buscas.

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