Pelo Twitter, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes anunciou o cancelamento da celebração oficial do réveillon na cidade neste sábado (4).
Em sua conta na rede social, Paes escreveu: “Respeitamos a ciência. Como são opiniões divergentes entre comitês científicos, vamos sempre ficar com a mais restritiva. O Comitê da prefeitura diz que pode. O do Estado diz que não. Então, não pode. Vamos cancelar dessa forma a celebração oficial do réveillon do Rio”.
Ele justifica que não é possível organizar a festa sem o mínimo de tempo para preparação. “Tomo a decisão com tristeza, mas não temos como organizar a celebração sem a garantia de todas as autoridades sanitárias. Infelizmente não temos como organizar uma festa dessa dimensão, em que temos muitos gastos e logística envolvidos, sem o mínimo de tempo para preparação”, escreveu.
O prefeito finaliza dizendo que vai acatar a decisão do Estado – de não promover o evento público e de grande dimensão -, que não era até então a opinião do governo estadual, segundo ele. “Se é esse o comando do Estado (não era isso o que vinha me dizendo o governador Cláudio Castro), vamos acatar. Espero poder estar em Copacabana abraçando a todos na passagem do ano de 22 para 23. Vai fazer falta mas o importante é que sigamos vacinando e salvando vidas”, escreve no Twitter o prefeito do Rio de Janeiro.
‘Tomara que não precise cancelar o carnaval’
Ao comentar a decisão, Eduardo Paes disse esperar não ser necessário cancelar o carnaval na cidade, em 2022. “Tomara que não precise cancelar o carnaval, pela importância da cultura e da atividade econômica”, disse Paes, em rápida entrevista coletiva nesta manhã.
Nos últimos dias, médicos e pesquisadores advertiram sobre o perigo de nova onda de contaminações que poderiam ocorrer – sobretudo após a chegada da variante Ômicron -, com a aglomeração de milhões de pessoas na praia e nas ruas, durante a festa. Na outra ponta, empresários do setor de turismo mantinham esperança de recuperar parte das perdas causadas pela pandemia, e apostavam na celebração da virada de ano.
Apesar da decisão, o prefeito convidou os turistas a visitar a cidade. Disse que pontos turísticos, praias, restaurantes e casas de show estão funcionando normalmente.
Quando perguntado sobre o cancelamento do réveillon da Avenida Paulista, também já anunciado pelo governador João Dória (PSDB), Paes afirmou que a festa em São Paulo não é tão representativa como a realizada há décadas na orla carioca. A celebração no Rio reúne tradicionalmente três milhões de pessoas, em shows de música e à espera da queima de fogos de artifício. “Acho lindo o Réveillon na Paulista, mas impacta menos do que no Rio”, disse Paes.