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SES aponta diminuição na adoção do isolamento domiciliar em Minas

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Carlos Eduardo Amaral, secretário estadual de Saúde (Foto: Gil Leonardi/Imprensa-MG)
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Acompanhamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) constatou diminuição no engajamento da população mineira no isolamento domiciliar. O dado foi revelado pelo titular da pasta estadual, Carlos Eduardo Amaral, em coletiva na manhã desta segunda-feira (4), quando o secretário voltou a ressaltar a importância do distanciamento social para diminuir a taxa de transmissão do novo coronavírus e impedir o colapso do sistema mineiro de saúde.

“Tem se mostrado uma tendência do estado a diminuição do isolamento. Isso chama a atenção porque, se o distanciamento diminuir, será o equivalente ao término do isolamento”, analisa Amaral. Para a SES, o Programa Minas Consciente, que coordena o retorno das atividades econômicas nos municípios mineiros, é uma forma de controlar as taxas de mobilidade social.

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O Minas Consciente já pode ser incorporado pelas cidades por meio de decreto municipal. O Governo do Estado solicita comunicado formal de cada município que adotar a medida, passando a monitorar a situação da evolução do novo coronavírus na região de maneira contínua para avaliar a liberação gradual das atividades econômicas. “A cada semana, nós vamos avaliando por região qual é a capacidade assistencial, os novos casos e o estresse do sistema de saúde em cada região. Baseados nisso, nós vamos definir como será feita a retomada”, explica o secretário estadual.

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Pico da doença

Questionado sobre a previsão atual para o pico de infecções por Covid-19 em Minas, o secretário Carlos Eduardo Amaral salientou que o cenário ideal é que não exista o pico da doença, de modo a não haver sobrecarga nas unidades de saúde do estado. Na situação atual, a previsão da SES é que o ponto mais alto de transmissão seja próximo ao dia 6 de junho, mas isso pode ser mudado. “Isso pode variar, nós podemos continuar projetando o pico se o isolamento for mantido, ou aproximar o pico, caso haja uma quebra total do isolamento. É importante que entendamos que o objetivo é que o pico seja o menor possível e se alongue ao longo do tempo”, ressalta.

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Ainda conforme Amaral, a pasta observa que a evolução da doença é diferente em cada região do estado, com a interiorização do vírus. “Temos comitês regionalizados com o objetivo de tratar o que está acontecendo em cada região”, assegura. Para o secretário, o aumento gradual de casos em diferentes regiões é preferível ao crescimento simultâneo em todo o estado. “Gostaria que nós tivéssemos aumentos diferentes em cada região. Isso é importante, pois facilitaria os cuidados e a estruturação da saúde.”

Aumento em casos suspeitos

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A SES também foi questionada sobre a alta quantidade de casos suspeitos de infecção por coronavírus em Minas. Conforme o boletim mais recente, 89.056 pessoas se enquadram na definição de caso suspeito, que é todo aquele paciente que apresenta quadro respiratório agudo. Com a escassez de testagem, apenas os casos mais graves são testados para a doença, resultando em cerca de 11 mil testes feitos até o momento, segundo Amaral. “Desses, nós temos em torno de 13% de positivos, dos testes que realizamos nos laboratórios. Isso abre a possibilidade de podermos inferir a situação do estado.”

Apesar do alto número de suspeitas, o secretário destacou o baixo número de óbitos confirmados em relação às mortes descartadas (90 mortes confirmadas e 466 descartadas). “Hoje, o número de óbitos faz com que o estado de Minas tenha tido um padrão de eficiência semelhante à Coreia do Sul”, compara. Com o contexto ainda considerado positivo pela pasta estadual, foi rejeitada pelo secretário adjunto Marcelo Cabral, ao menos por ora, a possibilidade de intervenções mais severas do estado, como o lockdown, quando há patrulhamento de forças de segurança nas ruas para impedir a circulação de pessoas.

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