O jornalista e apresentador Cid Moreira morreu na manhã de quinta-feira (3). Ele tinha 97 anos de idade. Um dos rostos – e vozes – mais conhecidos da televisão brasileira, ele estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. A causa da morte de Cid Moreira foi falência múltipla de órgãos após um quadro de pneumonia. Ainda não há informações sobre velório ou sepultamento.
O jornalista enfrentava problemas nos rins, e já fazia diálise com frequência, segundo Fátima Sampaio, viúva de Cid Moreira. Em entrevista nesta manhã ao programa Encontro, de Patrícia Poeta, ela contou sobre os últimos dias com o marido: “Mudamos para perto do hospital quando ele começou a fazer a diálise. Não contei para ninguém para ter o direito como ser humano de privacidade”.
Fátima explicou também que Cid Moreira pediu para que seu corpo fosse enterrado em Taubaté (SP), onde nasceu. “Ele quer ficar perto da primeira esposa e do filho que se foi. Ele ama Petrópolis, então vamos fazer uma despedida em Petrópolis, e outra no Rio”, disse.
Trabalhos de Cid Moreira estão em Juiz de Fora
Um dos primeiros trabalhos de Cid Moreira como locutor, na década de 1950, foi com o juiz-forano João Carriço, um dos pioneiros do cinema em Minas Gerais e no Brasil. O apresentador foi um dos narradores dos cinejornais produzidos por Carriço, cujos temas eram relacionados à vida social e à política de Juiz de Fora.
Em 2008, parte dos cinejornais produzidos por João Carriço foi entregue à Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) pela Cinemateca Brasileira, que possui a guarda do acervo da Carriço Film, produtora do cineasta juiz-forano. Os arquivos foram digitalizados, o que atribui padrão de qualidade das imagens.
Cid Moreira também foi o locutor do vídeo publicitário feito pelo Ministério dos Transportes por volta da década de 1980. A propaganda retrata a modernização do trecho da BR-040 que liga Juiz de Fora ao Rio de Janeiro.