O Concurso Nacional Unificado (CNU), que seria realizado neste domingo (5), foi adiado em todo o país. A informação foi publicada inicialmente pela Rádio CBN, nesta sexta-feira (3), que teria recebido os detalhes por uma fonte do Governo federal, e confirmada pela ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, durante coletiva de imprensa. O motivo da suspensão das provas são as fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul. Uma nova data para realização das provas ainda não foi divulgada.
Nesta quinta-feira (2), o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos havia informado que o concurso ainda seria aplicado. O Governo dissera que enviaria todos os esforços para garantir a participação dos candidatos no Rio Grande do Sul. Entretanto, o Executivo repensou sua decisão.
Durante a coletiva de imprensa, a ministra Esther Dweck apontou que a situação de calamidade pública no sul do país é de proporções inéditas. Na quinta, 154 municípios haviam sido afetados, sendo que este número subiu para, pelo menos, 235 nesta sexta, conforme a titular do Ministério da Gestão. Além disso, havia 149 bloqueios em estradas, que passaram para 185.
“A conclusão que tivemos hoje é que seria impossível realizar a prova no Rio Grande do Sul, seja pelos locais de prova afetados, seja pela impossibilidade de segurança na realização das provas, seja pelo risco de vida das pessoas que estariam envolvidas nesse processo”, diz. “A solução mais segura para todos os candidatos no Brasil inteiro, é, de fato, o adiamento da prova.”
Mais de 2 milhões inscritos no Concurso Nacional Unificado
Como lembrado pela ministra, o Concurso Nacional Unificado teve mais de dois milhões de candidatos inscritos. Além disso, mais de 200 mil pessoas estariam envolvidas na aplicação e fiscalização das provas. Só na região Sul são 80 mil candidatos e 20 mil pessoas atuando na logística do concurso. Além de garantir a integridade dos participantes, Esther aponta que o adiamento das provas busca atender o princípio de democratização do acesso ao serviço público e inclusão da maior parte dos brasileiros no processo.
“Com o adiamento, vamos garantir aos 2 milhões de inscritos no concurso que todo mundo vai realizar a prova nas mesmas condições. Esse era nosso objetivo desde o início, que todo mundo tivesse as mesmas condições para realização da prova e que vamos ter um concurso com respaldo jurídico importante.”
Ainda não há definição de uma nova data para a realização do concurso. Conforme Esther, o Governo ainda está envolvido na logística da aplicação da prova que ocorreria neste final de semana. Os cadernos já haviam sido entregues para 65% das cidades onde as provas seriam aplicadas. Inicialmente, a ideia é que o material seja guardado em segurança para ser usado na nova data, que deve ser divulgada nas próximas semanas.