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Anvisa proíbe venda e uso de fenol em procedimentos de saúde ou estéticos

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Nesta terça-feira (25), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma resolução que proíbe a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde em geral ou estéticos. A medida cautelar adotada pela Anvisa tem o objetivo de zelar pela saúde e integridade física da população brasileira, uma vez que, até a presente data, não foram apresentados à Agência estudos que comprovem a eficácia e segurança do produto fenol para uso em tais procedimentos.

Em nota, a Anvisa reforça que a medida cautelar foi motivada por preocupações com os impactos negativos na saúde das pessoas e reflete o compromisso com a proteção à saúde da população brasileira. O fenol é uma substância química cáustica, utilizada por dermatologistas e clínicas estéticas em peelings químicos profundos para tratar rugas, manchas na pele e cicatrizes.

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A determinação ficará vigente enquanto são conduzidas as investigações sobre os potenciais danos associados ao uso desta substância química, que vem sendo utilizada em diversos procedimentos invasivos.

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Morte de jovem suscita investigações do fenol  

Um homem de 27 anos morreu depois de fazer um procedimento estético com a técnica chamada “peeling de fenol” no rosto em uma clínica da zona sul de São Paulo, no início de junho. O estúdio pertencia à influencer Natalia Becker, responsável por aplicar o produto no empresário Henrique Chagas, que está sendo investigada pela polícia.

Na ocasião, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) emitiu uma nota informando que é essencial que o procedimento do “pelling de fenol” seja conduzido por médicos habilitados, preferencialmente em ambiente hospitalar, com o paciente devidamente anestesiado e sob monitoramento cardíaco. “Devido ao uso de um composto tóxico absorvido pela pele e, consequentemente, pela corrente sanguínea, o procedimento exige precauções rigorosas. É possível que ocorram complicações, como dor intensa, cicatrizes, alterações na coloração da pele, infecções e até mesmo problemas cardíacos imprevisíveis, independentemente da concentração, do método de aplicação e da profundidade atingida na pele”, explica a SBD. Além disso, o conselho  afirma que esse tipo de peeling é especialmente indicado para tratar casos de envelhecimento facial severo, caracterizados por rugas profundas e textura da pele consideravelmente comprometida,  diferentemente do caso do paciente jovem que morreu.

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(Foto: Freepik)
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