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Aprenda a fazer o típico caruru da premiada baiana Dione

caruru
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Dione, baiana de Vitória da Conquista, é conhecida por seu acarajé
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Por um deslize da vida e a crise na época do então presidente Fernando Collor, Dione, baiana que reside em Juiz de Fora há 46 anos, teve que trocar uma paixão da vida por outra, que parecia estar predestinada a toda a família. Ela era artesã, fazia bolsas, colares e brincos e vendia até para o exterior. Aos poucos, a atividade foi sendo desvalorizada, não valia a pena vender mais. Ela conta que perdeu a vontade de criar. A empresa, comandada por ela, acabou falindo. Foi nesse momento que a herança deixada por sua mãe, Dona Dió, baiana do acarajé mais antiga de Vitória da Conquista, veio à tona.

Agora, assim como suas irmãs, Dione vive do acarajé. Não à toa, seu prato foi premiado por três anos consecutivos com o “Garfo de Ouro”. Recentemente, João, participante do último Big Brother Brasil, disse, em rede nacional, que o Acarajé da Dione era o melhor que tinha comido. Mas essa receita do acarajé, que tem muitos recheios, a baiana não ensina por nada – foi o pedido da mãe. Por isso, à Tribuna, apesar de já apontar que não é de dar receita, ela escolheu ensinar a fazer o Caruru com quiabo, prato que mistura origens africanas e indígenas.

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“Minha mãe é minha rainha, a luz mais bonita que passou pela Terra”, afirma. De acordo com Dione, Dona Dió criou os 14 filhos com o acarajé. Ela ensinou a todas as filhas, que iam à escola e, à tarde, revezavam para ajudar a mãe na barraca, ou melhor, que ajudavam a “tocar” os tabuleiros de acarajé, como os baianos falam. É por isso que ela sabe fazer a receita até de olhos fechados, desde os 7 anos, mais ou menos. Essas lembranças da Bahia permeiam a conversa, mas, ela gosta de Juiz de Fora e já se considera uma “baianeira”.

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Parece que, as mãos da família é que foram pensadas para a arte. Seja no acarajé, no caruru, ou no artesanato. “Quando nasce com as mãos para uma coisa, não tem jeito. Minha fonte vem daqui”, diz, apontando para as mãos. Seus quatro filhos não aprenderam a receita, investiram em outras artes: capoeira, maquiagem, artes plásticas e designer de interiores.

Dorival Caymmi ensina a fazer vatapá na música de mesmo nome. Nela, as porções não têm medidas, é sempre “um bocadinho mais”. Dione reforça: “baiano não tem isso de pesar. É sempre colocar um bocadinho mais, ir provando para ver se está bom”. Por isso, nessa receita, tudo pode variar, porque depende do gosto para os temperos. É olhar, provar e ver o que precisa “um bocadinho mais”. Ah, e o caruru pode ser acompanhado por vatapá mesmo, arroz branco ou moqueca.

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Caruru

Ingredientes

1kg de quiabo
100g de camarão seco moído
100g de camarão fresco inteiro sem casca
Leite de coco a gosto
2 xícaras de amendoim moído
2 xícaras de castanha de caju moída
3 dentes de alho grandes
1 cebola
Azeite de dendê
Azeite de oliva
Cheiro verde, cominho e coentro a gosto

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Modo de preparo

Lave o quiabo (dê preferência aos mais novos), um a um, e deixe escorrer. Corte o quiabo ao meio, em formato de cruz. Bata a cebola e o alho em um liquidificador de maneira que eles fiquem uniformes. Em uma panela, coloque um pouco de azeite de dendê e um pouco de azeite de oliva. Jogue o alho e a cebola batidos. Deixe fritando e, em seguida, acrescente o quiabo e doure. Acrescente o camarão inteiro e o moído. Quando estiver também dourado, jogue, aos poucos, o leite de coco e, se necessário, um pouco de água, e vá mexendo até ferver.

Ao atingir o ponto do cozimento, vá adicionando os outros ingredientes: um pouco do amendoim moído, da castanha de caju, do cominho e do coentro. Sempre mexendo e experimentando para ver se precisa de mais. Verifique o sal e, se necessário, acrescente uma pitada. Quando atingir o ponto para servir, depois de quase 25 minutos mexendo, polvilhe o cheiro verde e sirva.

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