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Bolo de cenoura vegano resgata o sabor da infância

bolo de cenoura capa
bolo de cenoura crisálida CREDITO Marcelo Viridiano
Renata adaptou a receita tradicional de bolo de cenoura, utilizando água e vinagre de maçã (Foto: Marcelo Viridiano/Divulgação)
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Renata Barros foi uma daquelas crianças que cresceu na cozinha. “Muito novinha, com uns 9 anos, eu já fazia pavês, biscoito amanteigado, cortava nhoque, fazia algumas coisinhas com auxílio da minha mãe, que sempre trabalhou com cozinha. Quando adolescente, eu trabalhei com ela efetivamente, ajudando na produção, então a culinária ter se tornado profissão foi um caminho muito natural”, diz a hoje confeiteira e empresária, idealizadora do charmoso Crisálida Café (Av. Barão do Rio Branco 2.167 – Loja 107), especializado em confeitaria vegana, algo que veio da transformação da alimentação da própria Renata. “Ainda morando no Rio, eu me tornei vegana e cheguei a ter uma empresa de refeições congeladas. Com o Crisálida, queria resgatar as memórias afetivas da gastronomia, porque é uma relação muito frequente com a confeitaria. Queria que as pessoas soubessem que podem comer um bolo igual ao de que se lembram de ter comido na infância, mas sem qualquer produto de exploração animal”, pontua ela, capacitada em gastronomia vegana pelo Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam) e que agora cursa confeitaria no Instituto de Gastronomia das Américas (IGA) em Juiz de Fora. “Quero aprender as técnicas da confeitaria internacional para dominá-las e fazer as adaptações para a vegana. A confeitaria é uma área muito delicada da culinária, é preciso de muito estudo”.

O bolo de cenoura que Renata ensina neste sábado, além de ser uma boa pedida com um cafezinho, também é uma opção de merenda ou lanche para as crianças. “Para mim, esse bolo tem sabor de família, porque me remete demais ao que minha mãe fazia. Bolo de cenoura é meu favorito – como acredito que seja o de muita gente – e ter adaptado essa receita para o veganismo e ver como ela ficou incrível foi reviver a infância”, pondera ela. Segundo ela, o sabor da receita é muito harmônico, e esse é um dos pontos fortes. “O que mais gosto é o fato de ele não ser um bolo muito doce. O contraste com calda, ela sim bem doce, fica fantástico, ainda mais se for servida quente. O sabor da cenoura também é bem marcante, e a massa fica bem molhadinha”, diz Renata. Segundo ela, que já testou outras versões da receita, dá para brincar com os ingredientes. “O que não dá para mexer é no vinagre com fermento, que substituem os ovos e deixam a massa aerada, fofinha e fazem com que ela cresça. Mas já substituí a água por suco de laranja, por exemplo, fica delicioso, um bolo de cenoura com laranja. Também acrescento às vezes gotas de chocolate (vegano) à massa antes de assar, fica uma delícia. E a calda também pode ser substituída por brigadeiro ou ganache, feito com chocolate derretido e um pouco de leite de coco”, orienta a confeiteira. “Agregar prazer à alimentação das pessoas e mostrar que ele existe na gastronomia sem crueldade animal é minha forma de ativismo, é o que eu busco com o Crisálida, e espero que as pessoas queiram fazer este bolinho de cenoura.”

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Bolo de cenoura vegano

Por Renata Barros

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Massa
2 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de açúcar (refinado, cristal ou demerara)
150g cenoura
1/3 de xícara de óleo vegetal
1 1/2 xícara de água
1 colher (sopa) de vinagre de maçã
1 colher (sopa) de fermento químico

Cobertura
1 xícara de água
1/2 xícara de açúcar (refinado, cristal ou demerara)
3 colheres (sopa) de cacau em pó

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Modo de preparo

Para começar, preaqueça o forno a 180° C . Bata no liquidificador a cenoura picada, a água, o óleo e reserve. Em um bowl, coloque a farinha de trigo e o açúcar peneirados, junte a parte líquida e bata na batedeira até formarem bolhas. Por fim, misture à mão o vinagre e o fermento. Leve ao forno em fôrma (20cm de diâmetro) untada com óleo, por aproximadamente 30 minutos. Para a cobertura, leve os ingredientes ao fogo, misturando por alguns minutos até que o açúcar e o cacau estejam dissolvidos. Deixar a calda apurar até que esteja encorpada e com brilho. Cubra o bolo com a calda (se possível, ainda quentinha) e sirva.

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